US$ 12,2 bilhões. É o que custará uma planta de resíduos nucleares ao sul de Washington
2006-09-12
O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) divulgou, na quinta-feira passada (07/09), um relatório detalhado elaborado pelo Corpo de Engenheiros das Forças Armadas (USACE) a fim de validar um plano para a instalação de uma grande planta de imobilização e tratamento de resíduos nucleares, em Handford, ao sul do Estado de Washington.
A obra, um empreendimento da empresa Bechtel National Inc., deverá custar US$ 12,2 bilhões e ficará pronta em novembro de 2019. A avaliação do cronograma e do orçamento feitos pelo Exército, foram requeridos pelo DOE, conforme o secretário de Energia, Samuel W. Bodman, para possibilitar uma "análise independente".
O USACE recomenda um acréscimo de US$ 650 milhões aos custos programados, o que inclui US$ 320 milhões para taxas trabalhistas e US$ 330 milhões para planos de contingência, elevando os custos totais para US$ 12,2 bilhões. Além disso, foram recomendados mais três meses de trabalhos aos cronogramas, o que jogou a estimativa de término da obra para novembro de 2019.
Em 26 de agosto do ano passado, o DOE chegou a evacuar trabalhadores no local devido à suspeita de rachadura em um contêiner, mas depois foi verificado que não houve contaminação radioativa, segundo dados oficiais.
Na ocasião, houve um incidente em uma área onde os trabalhadores escavavam para encontrar material radioativo que estava há muitos anos enterrado. O sítio fica bem perto de um aterro onde há resíduos nucleares permanentemente dispostos.
O alerta foi dado porque um material absorvente, de cor marrom, escapou de um tambor que continha uma pequena porção de material radioativo, porém as autoridades não acreditaram na hipótese de se confirmar uma contaminação ambiental, conforme a porta-voz de Handford, Katie Larson.
Testes posteriores não detectaram contaminação de dois trabalhadores que estavam atuando perto do contêiner, nem em nove outros que estavam nas vizinhanças dessa área, disse um outro assessor, Calvin Dudney. Mesmo assim, foi ativado o monitor de emergências.
(Por Cláudia Viegas, com notícias do DOE e Rad Journal, 12/09/2006)