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2006-09-12
Nesta terça-feira (12/09), o AmbienteJÁ traz a entrevista com o candidato a governador de Santa Catarina José Fritsch (PT). Ex-ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República, José Fritsch nasceu em 6 de agosto de 1954, em Seara, Oeste de Santa Catarina. Formou-se em Estudos Sociais pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), em Chapecó, e cursou Filosofia e Política Social na Alemanha. Na capital catarinense, participou da fundação da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em meados dos anos 70, e ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na década de 80, trabalhou na organização dos trabalhadores sem-terra. Em 1994, elegeu-se deputado federal e em 1996, prefeito de Chapecó, cargo para o qual foi reeleito em 2000. Renunciou à prefeitura em abril de 2002 para ser candidato a governador do Estado de Santa Catarina, mas não conseguiu chegar ao segundo turno.

AmbienteJÁ: De acordo com relatório divulgado pelo Ministério Público de Santa Catarina em novembro de 2005, apenas 12,63% dos municípios catarinenses têm sistema de coleta e tratamento de esgotos. Que medidas serão tomadas para melhorar este quadro em seu governo, caso seja eleito?

José Fritsch: Fortalecer a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) pública com gestão compartilhada com os Municípios e ampliar os investimentos dos orçamentos (estadual e federal) e de empréstimos da Caixa, do BNDES, do Badesc e de instituições estrangeiras para tirar Santa Catarina da vergonhosa situação de baixo saneamento, ampliando de forma significativa a rede coletora e de tratamento de esgoto.

AJ: Santa Catarina é o 4º Estado no ranking nacional de reciclagem de lixo. Que políticas seu governo pretende desenvolver para estimular essa atividade?

JF: Essa conquista é em grande parte fruto da iniciativa do trabalho informal dos catadores e de suas organizações associativas. Quando fui prefeito de Chapecó, tirei a cidade da vergonhosa situação de lixão, construí um moderno aterro sanitário e implantei a coleta seletiva do lixo. Vou apoiar os municípios em iniciativas dessa natureza e desenvolver políticas e programas de apoio e estímulo às iniciativas e empreendimentos de economia solidária e de geração de trabalho e renda, melhorando a vida desses trabalhadores, o aproveitamento econômico desses materiais e a preservação ambiental.

AJ: Qual será a política de seu governo em relação às Unidades de Conservação Estaduais e Federais já existentes no Estado?

JF: Estabelecer uma política estadual no sentido de fortalecer a preservação ambiental.

AJ: O senhor pretende criar novas Unidades de Conservação em Santa Catarina? Se sim, quais?

JF: Mediante estudos de viabilidade e necessidade, sou favorável à criação de novas unidades. Santa Catarina precisa avançar em preservação ambiental.

AJ: A mata de araucária, também conhecida como floresta ombrófila mista, está reduzida a 1% da cobertura original no Estado e corre risco de extinção. Que medidas seu governo tomará para proteger este bioma?

JF: Vou colaborar com o Ministério do Meio Ambiente na consolidação das unidades de conservação dos estudos e processos em andamento para preservar o que resta desse ecossistema, zelando também pela justa compensação aos catarinenses atingidos de alguma forma em suas propriedades. Apoiar pesquisas e programas de reflorestamento e formação de matas produtivas de pinhão e de madeira com manejo sustentável.

AJ: Qual será a política de seu governo em relação à implantação de novas usinas termelétricas e hidrelétricas?

JF:Santa Catarina e o Brasil precisam de energia para continuar crescendo. Apoiarei empreendimentos que contemplem todos os cuidados ambientais necessários. Vou dedicar atenção especial à cadeia produtiva do carvão mineral, incluindo estudos de impacto ambiental e medidas de preservação ambiental.

AJ: Que ações seu governo desenvolverá pra estimular a implantação de energias alternativas?

JF: Desenvolver empreendimentos em biodiesel incentivando a agricultura familiar e agroindústrias de pequeno porte com geração e distribuição de renda no campo. Buscar investimentos públicos e privados para desenvolver usinas eólicas, energia solar, biogás com dejetos de animais e agroindustriais.

AJ: Que ações específicas seu governo pretende desenvolver em relação à educação ambiental?

JF: Implantar um programa estadual de educação ambiental que envolva as escolas, universidades, entidades, órgãos afins e os setores produtivos.

AJ: Como será a política de seu governo em relação ao setor da silvicultura?

JF: Fomentar florestas nativas produtivas através do plantio e preservação das matas ciliares com árvores nativas, combinando a proteção das águas e a produção de madeira com transferência de renda aos agricultores familiares no período inicial do ciclo de manejo sustentável. Estimular o reflorestamento como atividade econômica e ambiental com a cautela de pesquisar e controlar os impactos da grande monocultura, quando necessário.

AJ: A suinocultura corresponde a um dos maiores passivos ambientais no Estado. Que políticas seu governo pretende desenvolver para mitigar esse impacto?

JF: Buscar recursos orçamentários e de empréstimos com juros adequados para programas de controle e tratamento correto aos dejetos de suínos, incluindo o aproveitamento para geração de biogás e fertilizantes.

A série de entrevistas com os candidatos ao governo de Santa Catarina encerra-se hoje. Os candidatos Espiridião Amin (PP), Luís Henrique da Silveira (PMDB) e João Fachini (PSOL) foram procurados durante duas semanas pela equipe do AmbienteJÁ, mas não responderam às perguntas. (Por Francis França, 12/09/2006)

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