Seca obriga à redução de carga em 30% no rio Madeira
2006-09-13
O rio Madeira ontem registrava 2,68 metros, nível considerado perigoso, tornando desaconselhável a navegação noturna, que está proibida. Mesmo assim, o nível do rio ainda se apresenta um metro acima do que foi registrado no dia 11 de setembro de 2005, quando chegou a 1,64 metro, a marca mais baixa dos últimos 50 anos, segundo dados da Delegacia Fluvial de Porto Velho. No período crítico no ano passado, a navegação chegou a ser permitida somente com 50% da capacidade, neste ano os barcos ainda podem sair do porto do Cai N´água com 70% da carga.
De acordo com o comandante da Delegacia Fluvial, capitão de corveta Carlos Eduardo Guimarães, a restrição para navegação noturna começou no dia 13 de agosto, quando o nível do rio atingiu três metros. “Mas já estávamos alertando os navegadores desde o mês de julho, quando o rio atingiu a marca de 4 metros”, acentua.
O comandante chama a atenção aos pontos críticos para a navegação, que são 13 ao longo do percurso entre Porto Velho e Manaus. “Todo cuidado é pouco nas regiões que apresentam pedras, paliteiros e bancos de areia”, diz. Os paliteiros são troncos de árvores mortas, mas que permanecem com as raízes no solo do rio. Estes obstáculos e as pedras são os mais perigosos ao longo dos rios, porque rasgam os cascos das navegações.
No ano passado, foram abertos 21 inquéritos para averiguar situações de risco para a navegação. O que representou maior perigo foi o caso de um barco que bateu num banco de pedras e o comandante teve que encalhar a navegação num banco de areia para evitar que afundasse. Este ano, até ontem, foram registrados três inquéritos, um para analisar o choque entre duas lanchas no rio Jamari, em Candeias do Jamari e as outras duas para estudar um choque entre duas embarcações, no porto do Cai N´àgua, em Porto Velho.
(Diário da Amazônia, 12/09/2006)
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