(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-09-13
A AmBev , líder na fabricação de cervejas no Brasil, passará a utilizar, ainda este mês, casca de arroz como fonte de energia em sua fábrica localizada no município de Viamão, no Rio Grande do Sul. Segundo a empresa, a energia gerada com a casca deverá aquecer as caldeiras da fábrica. Inicialmente, serão utilizadas de 3 mil a 3, 5 mil toneladas ao mês de casca de arroz, que será adquirida de indústrias locais e dos municípios de Camaquã e Eldorado do Sul. Atualmente, a fábrica já usa gordura animal no aquecimento das caldeiras que respondem pelo aquecimento de água e geração de vapor para a higienização da fábrica.

O Rio Grande do Sul, como maior produtor nacional de arroz, tem grande disponibilidade da casca do produto. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Arroz do Rio Grande do Sul , Élio Coradini, a produção de arroz no estado é de cerca de 6 milhões de toneladas ao ano e 22% desse total corresponde ao volume de produção de casca. “Este ano, o estado terá 1,2 milhão de toneladas de casca de arroz para ser utilizada como biomassa de energia”, afirma Coradini. O Brasil produz anualmente 11,58 milhões de toneladas do grão.

Após a queima, a casca de arroz tem grande concentração de cinza, ideal para produção de cimento e adubo.

“O potencial da casca já vem sendo explorado e deverá trazer resultados no médio e longo prazo para o produtor de arroz”, diz Coradini. Segundo ele, a previsão é que se inaugurem quatro usinas de energia no estado, nos próximos anos, que utilizarão exclusivamente casca de arroz como biomassa de energia. “O poder calorífico da casca de arroz é maior que o da lenha”, afirma o presidente da entidade. Segundo a assessoria de imprensa da AmBev, o material apresenta o teor calorífico necessário e atende à relação custo-benefício definido pela empresa.

A companhia já utiliza biomassa em suas unidades no País, como Agudos (SP), Lajes (SC), Teresina (PI) e Cuiabá (MT), entre outras. A utilização de biomassa começou na AmBev em 1997, mas essa é a primeira unidade a adotar a casca de arroz. A AmBev é a 5ª maior cervejaria do mundo e produz 10 bilhões de litros de bebidas por ano. A empresa tem 33 unidades de produção no Brasil; duas de insumos e uma maltaria. Para o presidente do sindicato gaúcho, nesse primeiro momento, a utilização da casca do arroz como biomassa irá trazer benefícios ecológicos. “Até agora, as cascas eram estocadas sem um fim específico, o que gerava despesas.Hoje, o produtor de arroz sabe que a casca terá seu uso ampliado em breve e, por isso, já faz estoques”, afirma Coradini, sem revelar volumes.

Créditos de carbono
Além da geração de energia térmica, a queima da casca de arroz pode gerar também energia elétrica, que se converte em créditos de carbono, tornando-se assim mais um incentivo à utilização do resíduo. Até agosto, nove projetos brasileiros para a geração de créditos a partir da casca de arroz foram protocolados na Organização das Nações Unidas (ONU).

O projeto pioneiro é da fábrica da Camil Alimentos no município de Itaqui (RS) e é o único já registrado pela entidade internacional. Os oito projetos restantes estão em fase de aprovação.

A empresa já faturou 1,5 milhão de euros com os créditos gerados. A Camil já solicitou registro para seu segundo projeto de geração de energia a partir da casca do arroz, para a planta de Camacuã (RS), como já adiantou o DCI.

A Josapar , fabricante do arroz Tio João, também protocolou dois projetos com a mesma finalidade no Rio Grande do Sul. O estado é a sede de oito dos nove projetos do setor entregues à ONU. O único projeto fora do Rio Grande do Sul fica em Sinop (MT). Segundo a ONU, os nove projetos de casca de arroz já apresentados pelo Brasil são capazes de gerar, somados, 676 mil toneladas de crédito de carbono ao ano.
(Por Luiz Silveira e Rita Gallo, DCI – Diário Comércio, Indústria e Serviços, 12/09/2006)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -