No último fim de semana, coincidindo com o feriadão da Independência (7 a 10 de setembro), os visitantes do Litoral Norte gaúcho já puderam ver montado o primeiro dos 25 aerogeradores da última etapa da usina eólica de Osório, junto à Lagoa dos Indios, a cerca de dez quilômetros de Osório e de Tramandaí. Nesse local, se encontram em atividade dois dos três
superguindastes da Zandoná. O terceiro guindastão permanece no Sangradouro da Lagoa dos Barros, na periferia oeste de Osório, onde ainda faltam ser montados três cataventos. Na prática, a Ventos do Sul está com dois terços do seu empreendimento quase pronto.
Com a obra entrando na reta final, intensificam-se as dispensas do pessoal
envolvido no trabalho de construção civil – mais de 500 pessoas. Restam em
campo os montadores e o pessoal técnico responsável pelos testes. Dentro de três meses, só ficarão em Osório os operadores e o pessoal de apoio, nu
total de 90 pessoas. Será esse o efetivo básico da primeira usina eólica do
Rio Grande do Sul.
Asfalto para o morro
Ficou pronta a obra de asfaltamento da estrada para o alto do Morro
Borússia, onde a Prefeitura de Osório e a Ventos do Sul vão montar um centro de informações ambientais para visitantes e turistas. Desse lugar, tem-se uma visão privilegiada de toda a planície litorânea. Em dias claros, vêem-se lagoas, dunas, praias, cataventos e até os petroleiros ancorados ao largo de Tramandaí.
Para dispor da área de 2 mil metros quadrados onde outrora funcionou um
restaurante, a prefeitura pagou R$ 80 mil ao proprietário. “Ele começou
falando em R$ 150 mil, mas a avaliação imobiliária baseada no IPTU chegou
a R$ 22 mil. Fizemos um acordo”, conta o prefeito Romildo Bolzan Junior, que já entregou à Ventos do Sul o projeto arquitetônico do centro de informações. É um paradouro-mirante de madeira e vidro.
Zebra
Uma dezena de propostas de trabalho feitas por agências de propaganda
interessadas na conta da Prefeitura de Osório foi lacrada ontem (11/09), à
espera de que o Tribunal de Contas do Estado julgue uma denúncia contra uma das agências candidatas. A denúncia foi formulada por um ex-funcionário da agência. A verba em disputa – a ser destinada principalmente para promoção turística - é de cerca de R$ 1 milhão por ano.
(Por Geraldo Hasse, de Osório, exclusivo para
JÁ e Ambiente JÁ, 12/09/2006)