Oito pingüins de Magalhães que estavam hospedados no Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), em Imbé, serão reconduzidos ao mar na segunda-feira (11/09)pela equipe do Centro de Reabilitação de Fauna Marinha e Silvestre (Ceram). O momento marcará o fim de dois meses de tratamento dos animais, encontrados petrolizados na beira da praia.

Desde o início do inverno, o Ceclimar recebeu 45 pingüins petrolizados. Na maioria das vezes, o fato é causado por pequenos derramamentos de combustível. A Patrulha Ambiental (Patram) avalia as condições dos animais e, se for o caso, os encaminha ao Ceclimar.

Os pingüins sujos de petróleo podem morrer de hipotermia. "Suas penas formam uma camada especial de gordura. Quando o petróleo interage com a cobertura, eles sentem frio", explicou o estudante de Veterinária, José Pedro Rocha, da equipe do Ceram. A idéia de que o pingüim precisa de frio leva a população a colocá-lo em ambientes gelados. "Isso os deixará com mais frio. O ideal é chamar as autoridades", explicou.

Outro visitante conhecido dos veranistas é o lobo marinho. Ao contrário do pingüim, que aparece quando está debilitado, o lobo marinho faz do litoral local de descanso. Pensando que o bicho está doente, a população aciona a Patram.

A coordenadora do Ceram, Ivone da Veiga Fausto, ressalta que a situação está atrapalhando o trabalho dos especialistas e alerta que não é permitido transportar os bichos em automóveis. "Além de ser proibido, há doenças que podem ser transmitidas por esses animais", alertou.
(Correio do Povo, 09/09/2006)
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