RS É PIONEIRO NO LEVANTAMENTO DE DADOS NO BRASIL
2001-10-11
As Doenças Diarréicas Agudas (DDA), não recebem controle, pois são, no jargão técnico, enfermidades sem notificação obrigatória. Dentro da sigla DDA, pode-se encontrar de uma símples amebíase à cólera, não regitrada até o momento no estado. -Nosso controle efetivo sobre o problema é feito através dos obituários e relatórios de internações dos hospitais e postos de saúde, revela a enfermeira Ana Salles da mesma divisão. Atualmente ela coordena um projeto chamado Monitoramento das DDAs. Dentro desse trabalho já foram treinados diretamente 90 técnicos em saúde alocados em 26 prefeituras do RS. -Este projeto começou como piloto em 1997, e tem o objetivo de capacitar e treinar agentes de saúde para a identificação e registro das DDAs, explica Ana. Mesmo aplicado em um número insignificante de municípios o trabalho mostra uma estatística impressionante: média de 6.000 casos de DDAs por ano. Só no RS. No estado de São Paulo há uma iniciativa semelhante. O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) espera concluir em outubro um estudo que associa como causa as condições dos recursos hídricos e a ocorrência de doenças na população. O estudo feito nos municípios de Mairiporã e Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana da capital, consistiu em mapear todos os casos de atendimentos ambulatoriais e internações hospitalares ocorridos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a ficha de atendimento, foi possível a localização da residência dos enfermos, possibilitando uma análise da qualidade de vida naquela região. -Será um instrumento importante, que poderá ser utilizado pelas prefeituras na hora de decidir investimentos, afirma Luís Sérgio Ozório Valentim, diretor da divisão de Ações sobre o Meio Ambiente do CVS.