AMBIENTE EM BRASÍLIA TENDE PARA APROVAÇÃO DO PL 4.147
2001-10-11
Apesar de ter conseguido retirar o regime de urgência da votação do Projeto de Lei (PL) 4.147, as previsões das lideranças gaúchas que fazem oposição à reforma no setor do saneamento são pessimistas. - O Governo tem maioria no Congresso, admite o diretor-presidente da Corsan, Dieter Wartchow. Temos que sensibilizar os deputados para votarem contra o Projeto de Lei 4.147. Cabe à população se mobilizar para pressioná-los, independente de compromisso com bancada. Isso já aconteceu com alguns parlamentares que aderiram à causa dos municípios. Mesmo assim, a situação não é definitiva, alerta o deputado federal Clóvis Ilgenfritz (PT). - O Governo tem fórmulas surpreendentes, e às vezes não bem explicadas, e pode, de repente, formar uma maioria e atuar no Congresso para que a votação se realize. Está previsto para dia 23 de outubro uma reunião da Comissão Geral, formada por todos os partidos do Congresso, Senado e Câmara, com o objetivo de marcar a votação do projeto. Dieter Wartchow tem expectativas desastrosas caso se efetive a aprovação do PL. Para ele, o saneamento vai ficar de lado por causa de uma ação política que quer atender princípios firmados com o FMI, que é privatizar a área rentável do setor saneamento. - O setor privado é tido como salvador da pátria. Nos países onde ocorreu privatização não foi assim, lembrou.