A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) precisa ser mais ágil na tomada de decisões sobre projetos com algodão transgênico, defende o diretor do Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão em Goiás (FIALGO), Paulo César Peixoto. "Existe uma morosidade nas decisões da CTNBio. Precisamos apressar as deliberações”, disse Peixoto.
Peixoto ressalta que o algodão transgênico será um dos principais temas da 65ª Reunião Plenária do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC), entre 11 e 15 deste mês, em Goiânia. Para ele, o Brasil apesar de potência agrícola, está atrás de concorrentes na biotecnologia. O Brasil plantará a primeira geração de algodão transgênico na safra 2006/07, enquanto que países como Estados Unidos, Austrália, China e Índia estão na terceira geração.
"Vários países com diferentes culturas plantam transgênicos e podem reduzir em 30% os custos de produção. Além disso, existe um impacto grande dos (transgênicos) no meio ambiente, pois se reduz em 30% o uso de defensivos agrícolas", disse Peixoto, que é presidente do Comitê Organizador do ICAC.
Em 2005, a CTNBio emitiu parecer favorável à produção comercial do algodão transgênico do tipo Bollgard, resistente a insetos, que será cultivado nesta safra. Existem projetos na CTNBio para a produção comercial e pesquisa de culturas agrícolas. Para reduzir custos, produtores
rurais já cultivam o algodão transgênico de forma ilegal.
(Por Viviane Monteiro,
Gazeta Mercantil, 06/09/2006)