Reunião entre Ibama e Sema define ações contra mexilhão dourado
2006-09-08
Reunião realizada ontem (05/09) entre a Superintendência do Ibama no Rio Grande do Sul e a
Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) definiu as ações de preparação para o
monitoramento do mexilhão dourado ( Limnoperna fortunei) no estado. Além de atender
determinação da Justiça, as ações – feitas em parceria com a Sema e suas coligadas - tem por
objetivo preparar técnicos e parceiros para a correta abordagem do problema.
Em 1998 foi feito o primeiro registro desta Espécie Exótica Invasora (EEI) no Rio Grande do
Sul. Desde então, a espécie vem se dispersando, naturalmente ou devido às ações humanas, por
outros rios do Estado. Em 2004, por meio do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável
da
Diversidade Biologia (Probio), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), foi feito um amplo
levantamento das espécies exóticas invasoras no Brasil, que permitiu obter um diagnóstico
preciso da distribuição do mexilhão dourado no país.
Segundo o analista ambiental Fábio Faraco, do Núcleo de Fauna do Ibama/RS, com base nestes
estudos e de relatórios de monitoramento elaborados pela Fundação Estadual de Proteção
Ambiental (Fepam), o Ibama está se preparando para iniciar uma capacitação interna e de
técnicos da Sema, prefeituras, polícia ambiental e demais parceiros interessados (ONGs,
entidades e universidades, entre outros) com o objetivo de realizar uma abordagem correta do
problema. Internamente, o Ibama/RS também está constituindo equipe técnica para a execução
das
ações pertinentes.
Com a elaboração conjunta de um cronograma das principais atividades ambientais, a serem
realizadas no Estado, os técnicos irão informar e ministrar cursos aos participantes. As
ações
incluem oficinas de capacitação de multiplicadores, com informações técnicas sobre o
molusco,
elaboração e distribuição de material informativo (folders e cartazes) entre os municípios
pilotos, que são: Rio Grande, Tapes, Porto Alegre, Estrela e Triunfo.
Também serão desenvolvidas barreiras informativas, que terão como público-alvo empresas de
extração de areia, colônias de pescadores, iates clubes e marinas, com objetivo de divulgar
medidas que evitem a propagação da espécie. Além disso, técnicos do Ibama estarão visitando
locais onde for detectada a presença do molusco para verificar a existência de novos focos e
promover ações que impeçam o alastramento da espécie.
Monitoramento - O Núcleo de Fauna do Ibama/RS orienta a população para a dificuldade
no
controle das Espécies Exóticas Invasoras, (EEI), o que exige, além de trabalhos de prevenção
e
orientação, a convivência com as mesmas, como já acontece com o javali, a lebre européia, o
pardal, o capim annoni e o tojo, entre outras. Em outubro, o Ibama realizará um encontro
para
discutir o problema das Espécies Exóticas Invasoras.
(Por Maria Helena Annes, Ibama/RS, 06/09/2006)
http://www.ibama.gov.br/