Manifestações na Expointer contra sofrimento de animais causam impacto no público
2006-09-05
Agropecuária em Esteio no domingo (03/09/2006). O protesto visou à conscientização
sobre o sofrimento imposto aos animais e se centrou no consumo de
carne e no stress da Exposição.
O cenário, montado junto ao portão principal da Expointer, iniciava
com militantes seminus em caixas de isopor simulando embalagens de carne
em supermercado.
Você mata animais? Não? E paga para matarem? Assim um
ativista questionava as pessoas, espantadas diante do rapaz
que “assava” em espeto rotativo sobre uma fogueira de papel celofane. Na ponta
final, sobre uma mesa, uma cabeça humana servida numa bandeja ficava oculta
sob tampa prateada que era levantada quando os passantes aceitavam “provar um
pedaço”.
Mais adiante, um repórter da Rede Anima Internacional perguntava às pessoas o
que fariam se descobrissem
um familiar especista. Ao conhecerem o significado do termo,
isto é, pessoas
que não levam em conta o sofrimento animal por entenderem que foram feitos para servir aos
homens, muitos dos entrevistados se mostravam indignados com os especistas, mas não
sabiam explicar porque comiam e se vestiam utilizando corpos dos
animais. Um folheto específico para crianças comparava os cachorrinhos e gatinhos aos
porquinhos, boizinhos e outros animais que costumam ser servidos a
elas e contra o que elas podem se rebelar ao conhecerem os benefícios de uma dieta
vegetariana.
Os grupos responsáveis pelo protesto, Anima Naturalis e Grupo AntiEspecismo - GAE Porto
Alegre, quiseram mostrar que é possível uma alimentação saudável que não necessita
causar sofrimento aos animais.E apontou incoerências na relação entre os animais humanos e
os animais não humanos em cartazes:
Animais: se você ama uns, por que come outros?
O que há por trás da Expointer? Sofrimento, exploração, tortura.
Ao comer carne, você financia sofrimento e morte de animais.
Não entre na Expointer: ela lucra com o sofrimento animal.
Expointer: escravos em campo de concentração.
Não à exploração animal.
Animais não são produtos.
(Informações do GAE, 04/09/2006)