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2006-09-04
O rio Xingu está com quase duas vezes mais ferro do que deveria. Uma pesquisa realizada pelo Laboratório de Química Analítica e Ambiental (Laquanam), da Universidade Federal do Pará (UFPA), aponta que o rio, por estar afastado o leito do Amazonas, não sofre tanto com a poluição por metais pesados mas corre risco constante dos garimpos às proximidades.

A pesquisa no rio Xingu foi realizada de 2000 a 2003 e deveria se ater à análise com amostras de cabelo da população, peixe e água, mas foi ampliada a solo e sedimentos. A intenção da Eletronorte, que financiou a pesquisa, era verificar os níveis de metais antes e após a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. “Eles queriam ter parâmetros para ver como a região ficou com a formação do lago, para poder avaliar o impacto da empresa sobre a presença desses metais”, explica a professora Simone Pereira, coordenadora do Laquanam.

Na área foram encontrados níveis alterados de selênio, estrôncio e ferro, este presente na média de 508,08 mg/l, enquanto a Resolução 357/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) indica que o máximo aceito é 300 mg/l. No caso do selênio os pesquisadores consideraram que, apesar de estar com nível acima do que indica o conselho, isso poderia ser resultado de uma flutuação e deveria, portanto, ser tratado como um problema analítico. Já o estrôncio, ainda que não tenha padrões estabelecidos pelo Conama, foi registrado com uma ocorrência anômala, se for levado em consideração a literatura a respeito.

O caso do ferro é o único efetivamente preocupante. Simone diz que, apesar de não haver grandes mineradoras por perto, o garimpo e mineradoras de ouro que funcionaram no local, associadas à geoquímica da região, provocaram esse alto teor encontrado.

Curiosidade
Mesmo sem financiamento, os pesquisadores do Laquanam decidiram pesquisar o rio Tapajós, “mais por curiosidade”, como diz Simone Pereira. Nele foi encontrado ferro e alumínio, mas em níveis longe de serem alarmantes ainda.

O ferro, que é altamente tóxico se em grandes quantidades, e o alumínio, que pode causar Mal de Alzheimer, câncer do pulmão e pressão alta, foram encontrados também em larga escala no rio Murucupi, que banha Barcarena. Chegou-se a detectar 1080,80 mg/l de ferro e 356,04 mg/l de alumínio. Mas Simone diz que é preciso prudência antes de dar um veredito.

“A pesquisa foi feita em 2004, época que ocorreu um acidente e muita alumina foi despejada na água. Houve uma mortandade de peixes e o resultado da pesquisa pode ter sido influenciada pelo evento, porque o ferro e o alumínio são constituintes da alumina”, pondera.

Além desses dois metais, no Murucupi, também foi encontrada uma média de 194,29 mg/l de manganês, quando o Conama indica 57,72 mg/l. “Isto pode ser atribuído a ação das chuvas, ou sobre os rejeitos produzidos pelo processamento da bauxita, ou ainda pela lixiviação de solos que contêm esses metais”, enumera.
(Por Esperança Bessa, O Liberal – PA, 01/09/2006)
http://www.oliberal.com.br/index.htm

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