Tremor de terra assusta moradores em Sergipe
2006-09-01
A terra tremeu, por volta das 21 horas desta quarta-feira (30/8) em sete dos 29 municípios que compõem a região do semi-árido sergipano: Nossa Senhora das Dores, Moita Bonita, Siriri, Santa Rosa de Lima, Divina Pastora, Malhador e Cumbe. O tremor chegou a assustar os moradores destas cidades, mas não foi registrado pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).
"Significa que foi um tremor de magnitude inferior a quatro na Escala Richter", explicou o professor do Departamento de Sismologia da UnB, Lucas Vieira Barros, acreditando que pode ter sido de até 3,5.
Embora os sismógrafos da UnB não tenham registrado o abalo, Barros assegurou que tomou conhecimento do fato e explicou que o fenômeno foi causado por uma falha geológica. O tremor também foi acompanhado pelo Grupo de Geologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e pela Defesa Civil. "Foi ouvido um estrondo e as pessoas tiveram a sensação de balançar alguns objetos", disse o coordenador do grupo, professor Luiz Carlos Fontes, frisando que a equipe está fazendo estudos para saber qual o epicentro do tremor. Serão feitas pesquisas na região com esse objetivo.
Este é o terceiro tremor de terra nos municípios do semi-árido sergipano. O primeiro ocorreu em 25 de setembro de 1993, e o segundo dois dias depois. "É uma região recorrente deste tipo de abalos", afirmou Barros observando que isso coloca o grupo sob alerta. "Não imaginamos risco, mas estamos atentos para orientação e prevenção da população", comentou.
No dia 7 de janeiro passado, por volta das 23 horas, também foi registrado um tremor em cinco cidades dos Estados de Alagoas e Sergipe. Com base na análise de dados recebidos de diversos centros de pesquisas, não houve nenhum abalo significativo que pudesse refletir próximo à costa brasileira, o que pressupõe um evento local de baixa intensidade ocorrido na região do Baixo São Francisco, em Sergipe.
(Por Antônio Carlos Garcia, O Estado de S. Paulo, 31/08/2006)
http://www.estadao.com.br/ultimas/cidades/noticias/2006/ago/31/162.htm