Líbia e Estados Unidos viram parceiros na área da energia nuclear
2006-09-01
Os Estados Unidos e a Líbia estão a fazer esforços
consideráveis para a cooperação no domínio do uso da energia nuclear para
fins civis, disse quarta-feira (30/08) em Tripoli o embaixador permanente americano
junto da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Gregory Schulte. O diplomata americano adiantou que a Líbia tem um papel importante a
desempenhar para garantir uma solução diplomática na crise sobre a energia
nuclear do Irão.
Schulte, que falava durante uma conferência de imprensa, afirmou que
Washington solicita a intervenção de Tripoli para convencer Teerão a
renunciar ao seu programa de armamento nuclear.
"A voz da Líbia é respeitada no seio da AIEA, no Médio Oriente e junto dos
países desenvolvidos", disse Schulte, lembrando a medida tomada em Dezembro
de 2003 por Tripoli de renunciar voluntariamente a todos os seus
equipamentos e programas para a fabricação de armas proibidas.
Sobre a crise nuclear iraniana, Schulte revelou que "Teerão deu falsas
informações sobre o seu programa nuclear", acrescentando que "este programa
não se destina ao uso pacífico como pretendem as autoridades iranianas mas
dotar o Irão de armas nucleares".
Shulte, antigo secretário executivo do Conselho Nacional Americano de
Segurança, considerou que "a persistência do Irão no processo de
enriquecimento do urânio prova que este país procura produzir armas
nucleares".
"A possessão, pelo Irão, de armas atómicas representará uma ameaça para os
vizinhos de Teerão e para a estabilidade mundial", sublinhou o embaixador
americano na AIEA.
Relativamente à questão da energia nuclear na Coreia do Norte, Schulte
declarou que a situação neste país difere da do Irão porque, de acordo com
ele, mesmo se Pyongyang dispõe de arma nuclear continua pobre, isolado, não
representa nenhum peso no mundo e constitui um mau exemplo.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas fixou para 31 de Agosto o prazo
para o Irão suspender todas as suas actividades de enriquecimento do urânio
sob pena de se expôr a sanções internacionais.
(Pana Press, 31/08/2006)
http://www.panapress.com/freenewspor.asp?code=por000968&dte=31/08/2006