Secretaria Muniicpal de Preservação Ambiental de Canoas já emitiu 38 autos por poluição sonora esse ano
2006-08-31
A Secretaria Municipal de Preservação Ambiental (Sempa) emitiu este
ano 38 autos de infração por poluição sonora. Neste mesmo período,
recebeu 27 ofícios do Ministério Público determinando a tomada de
providências em relação a bares, discotecas, bailões, igrejas, casas
de religiões, postos de gasolina e clubes recreativos, além de
empresas que geram incômodo à vizinhança em virtude de suas
atividades. Na última semana, moradores da rua Marechal Rondon, no
bairro Niterói, queixaram-se de barulho e transtornos que seriam
causados por freqüentadores de uma danceteria.
Os moradores argumentam que a situação ocorre principalmente nas
noites de sexta-feira (25/08), quando enfrentam dificuldades para
dormir. Eles contam que já recorreram à Ouvidoria da Prefeitura e à
Sempa, além de levarem a queixa à coluna Comunidade, do Diário de
Canoas, mas a situação permanece.
A Sempa informa que em setembro do ano passado recebeu o pedido de
licença de operação da empresa e, em março último, negou a solicitação
porque as obras feitas no local não resolveriam o excesso de barulho.
Conforme o Município, a empresa acabou autuada. Em março de 2005, a
Promotoria de Justiça de Defesa Comunitária de Canoas solicitou
relatório e cópias dos processos para averiguar procedimentos tomados
pelo Departamento de Fiscalização da Sempa quanto aos ruídos emitidos
pelo estabelecimento. Em junho deste ano, a empresa recorreu em última
instância administrativa ao Conselho Municipal de Meio Ambiente e
pediu prazo de seis meses para a finalização do projeto de isolamento
acústico anexado ao processo. Na noite do sábado, 19, a fiscalização da
Sempa constatou que o estabelecimento estava fechado. Outro
monitoramento foi feito na sexta-feira, 25, quando o local estava
funcionando.
TRABALHO - De acordo com o diretor de Fiscalização,
Licenciamento e Controle Ambiental da Sempa, Marco Rosa, para atender
as demandas da comunidade e as solicitações de vistoria do Ministério
Público, a equipe de fiscalização realizou, em oito meses, uma jornada
média mensal de 180 horas. O trabalho ocorreu nas quintas-feiras e
sábados, das 22 horas às 4 horas. Ele acrescenta que os postos de
gasolina têm realizado termos de ajuste de conduta com o Ministério
Público e com a secretaria para tomar medidas que buscam coibir a
emissão de ruídos ocasionada pelos freqüentadores destes locais.
Ainda de acordo com a Sempa, o Poder Judiciário já deu ganho de causa
à Prefeitura em dois processos e a secretaria estaria aguardando
apenas a ordem judicial para proceder uma interdição. Já o comandante
do 15º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Rodolfo Pacheco,
orienta que a comunidade deve recorrer ao telefone 190 para que os
policias militares atendam as ocorrências relacionadas a tumultos ou
brigas nas imediações dos locais de diversões como bares e boates.
(Diário de Canoas, 30/08/2006)
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