Fibrocimento com sisal pode substituir amianto na construção
2006-08-31
O sisal, conhecido pela utilidade na confecção de fios e cordas, deixou de ter representatividade econômica na Paraíba há mais de trinta anos, com o advento das fibras sintéticas, de maior durabilidade.
Hoje, novas perspectivas surgem com pesquisas que avaliam o uso da fibra do sisal como componente do fibrocimento, em substituição ao amianto na indústria da construção civil.
A apresentação do projeto que financia as pesquisas, desenvolvidas pela Universidade Federal de Campina Grande, será feita em encontro programado para os dias 8 e 9 de setembro e que reúne, na cidade paraibana, representantes do Fundo Comum de Commodities (CFC), Sebrae, Governo do Estado, Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais da Bahia (Sindfibras) e Embrapa, além de representantes do setor produtivo no Estado.
"Com a tendência mundial de valorização dos produtos de apelo ecológico e sustentável, as fibras naturais são vistas como alternativas mais viáveis, pois não agridem o meio ambiente como as fibras sintéticas. A própria indústria automobilística já começa a experimentar fibras vegetais na confecção dos forros dos carros, por exemplo", explica o professor Antônio Farias Leal, do Departamento de Engenharia Agrícola da UFCG, que coordena as pesquisas.
O projeto obteve recursos da ordem de US$ 672 mil dólares do CFC, à Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) para a implementação de um estudo de viabilidade técnica e econômica do uso do sisal em peças de fibrocimento, como telhas e tijolos.
(O Tempo - MG, 30/08/2006)
http://www.otempo.com.br/emtempo/economia/lerMateria/?idMateria=59256