Encontro reúne governos e técnicos para discutir hidrelétrica de Garabi
2006-08-31
O secretário de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Elmer Brack, representa o governador do Estado nesta quinta-feira (31/08), no Seminário Binacional Garabi e o Desenvolvimento Integrado da Fronteira, a realizar-se na Câmara Municipal de Vereadores do município de São Borja. Entre os participantes do evento estão o secretário de Energia do Brasil, engenheiro Ronaldo Schuck, o secretário de Energia da Argentina, engenheiro Daniel Cameron, governadores argentinos, técnicos, pesquisadores e integrantes do Programa de Estudos e Licitações da Unidade Hidroelétrica Binacional Garabi.
O evento, que dura todo o dia, discutirá possibilidades da Eletrobrás formar parcerias com a iniciativa privada para a construção de Garabi e importância da usina para o desenvolvimento da região (Fronteira brasileira e províncias argentinas de Corrientes e Misiones). Elmer Brack abordará o tema Crise Energética e Importância do Empreendimento ao Estado do RS. Os governadores de Corrientes, Arturo Colombi, e de Misiones, Carlos Eduardo Rovira, falarão sobre a importância das obras para a Argentina. No final da tarde, será assinada a Carta de São Borja, um documento solicitando a urgência da obra aos governos federais do Brasil e da Argentina. Assinam os governadores ou seus representantes, prefeitos da região, intendentes, vereadores e técnicos de todas as comunidades envolvidas.
Projeto
O projeto binacional Garabi prevê a construção de um sistema de até três aproveitamentos hidroelétricos no Rio Uruguai, na altura do município de Garruchos (RS). Brack informa que o investimento previsto para a obra é de cerca de 2 bilhões de dólares. A capacidade de geração de energia elétrica será de 1.800 megawatts (MW), podendo, dependendo das soluções de engenharia, atingir até 3.000 MW, valor correspondente à totalidade do consumo atual do Rio Grande do Sul.
O projeto, localizado entre o Estado gaúcho e as províncias argentinas de Misiones e Corrientes, criará mais de 10 mil empregos e a sua não-execução acarretará perdas de receita em impostos de R$ 50 milhões/ano para o RS, além de total tranqüilidade energética para o desenvolvimento do Estado e para as províncias argentinas vizinhas.
O Protocolo Binacional para a construção do complexo hidroelétrico foi assinado em 5 de janeiro de 2005 entre as três áreas. O secretário Brack informou também que pretende lançar uma Frente Parlamentar de deputados federais e senadores para que as negociações entre os dois países seja reiniciada e agilizada, "para que o projeto saia do papel e se transforme em realidade".
Brack disse igualmente que estão sendo definidos os marcos regulatórios, os parâmetros legais e os critérios para a licitação da obra. A construção vai gerar 10 mil empregos diretos temporários e mil permanentes. Também devem ser criados 30 mil postos de trabalho indiretos. A partir do início das obras, a previsão de conclusão é de seis anos.
(Informações do Governo do RS, 30/08/2006)
http://www.rs.gov.br/