Ex-vereador de Bagé apresenta projeto para solucionar abastecimento de água no município
2006-08-30
A crise de captação, depósito e conseqüente distribuição de água para a cidade aproxima-se do
colapso total.
Gustavo Morais: “Podemos levar a água do Tigre para a barragem do Piray, a hora é agora”. A
afirmação é do ex-vereador e técnico formado nessa área, pelo Senai, Luis Gustavo de Morais.
A questão é assustadora e preocupa muita gente, mas Morais vai mais além, ele se propõe a
oferecer a alternativa que pode suprir, em caráter emergencial, o abastecimento de água para a
comunidade.
No seu plano, Gustavo recomenda ao prefeito e aos órgãos competentes do município que busquem o
apoio da Defesa Civil do Estado e de órgãos do governo Federal no sentido de que estas
instituições banquem o custo e o município apenas gerencie o trabalho de implantação do seu
projeto.
O projeto
Trata-se de fazer a transposição das águas do Arroio do Tigre, situado no distrito de Joca
Tavares, a nordeste da sede municipal. Segundo o técnico, é um curso de água resultante de
excelente bacia hidrográfica.
A transposição poderá ser feita com a instalação provisória de bombas nas lagoas do arroio,
após o que a tubulação será estendida no solo, dispensando escavações e, para auxiliar no
recalque da coluna d’água, “Boosters” (smoto-bombas que potencializam o recalque) seriam
colocados em série na tubulação.
Ainda conforme o projeto, o bombeamento seria feito somente até vencer a altitude do divisor de
águas próximo ao arroio, após o que a gravidade se encarregaria de permitir o deslocamento da
água em direção à barragem do Piray. Do divisor de águas em diante as tubulações não seriam mais
necessárias (para reduzir custos e por não haver necessidade). “Da barragem do Piray seria
feito levante (por bombeamento) até a Sanga Rasa através de tubulação já existente e que está
ociosa”, explicou Gustavo, “e para o abastecimento da barragem Emergencial, seria usado o
desaguadouro que, por queda natural, faria a tarefa”. Com este processo Morais afirma que os
três reservatórios seriam mantidos cheios”.
As reservas que estão em uso nesta crise teriam utilização restrita no projeto de Gustavo. “Pelo
perigo à saúde pública, tanto pela contaminação como pela sua constituição (é o que se chama
de água dura ou saloba), deveriam ser destinadas apenas aos bombeiros, construção civil e para
irrigação de praças e árvores”.
Gustavo acredita estar contribuindo com a comunidade através das sugestões apresentadas, pede
ao prefeito que tenha humildade para examinar com isenção suas propostas. “Acho que esta é a
única alternativa viável no momento”, ponderou, “claro que a obra é emergencial e até porque o
Arroio do Tigre pode diminuir o seu volume de vazão quando chegar o verão. Mas, até lá, a crise
deverá estar terminada”.
“A solução mais duradoura, é claro, é a construção de uma nova barragem. Mas enquanto não sai a
obra, temos que tomar medidas emergenciais efetivas antes que seja tarde demais”, alertou.
(Jornal Minuano, 28/08/2006)
http://www.jornalminuano.com.br/noticia.php?id=8157