Agricultores ganham alvarás ambientais para descapoeiramento em Riozinho
2006-08-30
A prefeitura de Riozinho, por meio do Departamento de Meio Ambiente,
entregou ontem (29/08) 20 alvarás para agricultores do município,
emitidos pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Os documentos
autorizam o descapoeiramento nas propriedades rurais, de acordo com
normas ambientais. Riozinho é o município gaúcho com a maior área de
mata atlântica e o terceiro no País. Desde 1998, a mata presente no
município é considerada uma área de preservação ambiental (APA). O
desmatamento e ações como a produção irregular de carvão provocaram,
no início do ano, uma série de autuações de produtores rurais do
município e alguns foram multados.
De acordo com o prefeito Antônio Carlos Colombo (PSDB), o Departamento
de Meio Ambiente foi criado para orientar os produtores sobre as
leis ambientais. “Buscamos alternativas para que as leis sejam
cumpridas sem prejudicar os agricultores”, afirmou. Entre as propostas
para que não haja desmatamento, estão a produção de mel e de vinho.
Recentemente, o departamento ofereceu um curso de apicultura. “Também
existe a alternativa do biodiesel”, acrescentou o vice-prefeito Alceu
Marcos Pretto (PP). Os dois entregaram os certificados a produtores
como Adair Veríssimo Finotti, que tem propriedade em Paredão.
Desde o início do ano, o Departamento de Meio Ambiente de Riozinho
protocolou 70 pedidos de agricultores, solicitando orientações e
regularização para trabalhar em suas propriedades. Destes, 28 foram
expedidos e entregues, enquanto 25 aguardam vistoria do Departamento
Estadual de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) e outros 17 aguardam
a visita prévia do próprio departamento. Apenas um pedido foi negado
até hoje. O maior problema encontrado pelos produtores, discutido no
encontro, é a proibição de queimadas. “Fica difícil trabalhar sem essa
possibilidade”, comentou Pretto. Outro questionamento levantado pelos
produtores foi a possibilidade de receberem indenizações pelas áreas
protegidas das quais são proprietários.
(Jornal NH, 30/08/2006)
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