Licenças ambientais de duas PCHs gaúchas devem ser restabelecidas
pchs
2006-08-29
As suspensões das Licenças de Instalação (LI) das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Criúva e
Palanquinho, que serão instaladas no rio Lajeado Grande, entre os municípios de Caxias do Sul e
São Francisco de Paula, devem ser canceladas. Essa é a perspectiva depois da reunião pública
promovida nesse final de semana, em Caxias do Sul, pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental
(Fepam).
No dia 20 de julho, a Fepam havia suspendido preventivamente as licenças de instalação dos
empreendimentos devido ao pedido da prefeitura de Caxias do Sul que solicitou mais informações
sobre os projetos. O secretário municipal do Meio Ambiente, Ari Dallegrave, explica que a
comunidade, local ficou ampreensiva requisitando mais ados sobre as PCHs da empresa
Hidrotérmica.
"A reunião realizada pela Fepam esclareceu questões como a localização da barragem e deixou
a população da região mais tranquila", diz Dallegrave. Ele relata que a prefeitura levantará
mais informações quanto às compensações que serão feitas relativas aos impactos ambientais das
usinas, mas acredita que os projetos serão conduzidos normalmene a partir de agora. A mesma
percepção de Dallegrave é compartilhada pelo presidente da Fepam, Antenor Ferrari. "Só
precisamos da ofialização por escrito", adianta Ferrari.
O diretor da Hidotérmica, Ricardo Pigatto, também saiu satisfeito da audiência que discutiu o projeto.
"Expomos à população que se trata de uma relação que durará no mínimo 50 anos e que haverá
contrapartidas de infra-estruturas e turismo para a localidade", afirma Pigatto. Ontem (29/08)
a Hidrotérmica entrou com pedido para cancelar as suspensões das licenças de instalação das duas
PCHS.
As duas usinas, que somadas poderão gerar 48 MW (cerca de 1,3% da demanda de energia do Estado),
implicarão um investimento de cerca de R$ 120 milhões. O tempo estimado para efetivar os
projetos é de 20 meses. A perspectiva é de que a Hidrotérmica tente obter financiamento do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) para implementar as PCHs.
Pigatto informa que a intenção é de que Criúva e Palaquinho participem de um leilão para venda
de energia voltado apenas para PCHs (usinas de 1 MW a 30 MW de potência). "As PCHs têm
dificuldades de competir com as grandes hidrelétricas em questão de custo de energia", admite o
diretor da Hidrotérmica. Pigatto, que também é presidente da Associação Brasileira de Pequenos
e Médios Produtores de Ener´gia Elétrica (APMPE), salienta que a sugestão de um leilão especial
para as PCHs foi encaminhada ao presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício
Tomalsquim, e ele foi receptivo à idéia. A EPE tem por finalidade prestar serviços na área de
estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético nacional.
(Jornal do Comércio, 29/08/2006)
http://jcrs.uol.com.br/home.aspx