Exploração predatória ameaça atum vermelho, segundo denúncias do Greenpeace
atum vermelho
2006-08-29
As fazendas de engorda de atum vermelho, criadas no fim dos anos 90 no
Mediterrâneo precisam ser vigiadas, porque constituem risco para a
extinção das reservas disponíveis dessa espécie, denuncia a organização
ambientalista Greenpeace. Segundo informa, há fazendas como essas em
onze países, inclusive na Espanha, Croácia, Portugal e Turquia. Na
França, elas foram fechadas recentemente.
A tripulação do "Rainbow Warrior II", que desde maio percorre o
Mediterrâneo para documentar a exploração do atum vermelho, pretende
fazer um estudo submarino nas proximidades das costas de Cartagena
(sul da Espanha), onde estas fazendas se proliferam.
"Os interesses financeiros são enormes", explica François Provost,
encarregado da campanha "Oceanos" para a Greenpeace na França.
O atum criado nas fazendas é exportado para o Japão, onde um
quilograma deste peixe é negociado a US$ 100, podendo chegar
inclusive a mais de US$ 500 "para atuns de qualidade excepcional",
segundo o Instituto Francês de Investigação para a Exploração do Mar.
Mas este lucrativo comércio poderá terminar tão rapidamente quanto
começou pelo fato de que não são respeitadas as cotas de pesca,
afirmam o Greenpeace e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). As
instituições prevêem uma brusca queda da população de atum vermelho no
Mediterrâneo. Essa hipótese é considerada plausível "em futuro
próximo".
(Gazeta Mercantil/AFP, 29/08/2006)
http://www.gazetamercantil.com.br/integraNoticia.aspx?Param=16%2c0%2c1%2c180921%2cYTRE