DESTINO DE AMPUTAÇÕES CAUSA CONTROVÉRSIA
2001-10-10
Sobre o destino das peças amputadas, o Conama, não deixa claro qual destino é ideal. As polêmicas surgem, segundo Andréa, justamente onde há generalizações e daí a necessidade de prevalecer o bom senso das pessoas. Desde 1993, o Hospital Ernesto Dorneles, entende como destino final para esses casos, o congelamento em freezeres por 7 dias das peças amputadas, para posteriormente encaminhá-las para o Aterro Sanitário, via Coleta Seletiva. A controvérsia surgiu durante a esplanação sobre esse tipo de resíduo, que segundo orientação do DMLU é o acondicionamento em sacos plásticos duplos e o encaminhamentto aos cemitérios. - Quando se fazia pelos caminhões da Coleta Seletiva, aconteciam problemas, como uma perna trancar no caminhão, exemplifica Andréa. Ela porém minimiza a questão, ressaltando, que no Ernesto Dorneles, as questões são bem pontuais, bem específicas, lembrando que as peças amputadas são de tamanhos que não causariam esse tipo de problema.- Bem, dá para colocar num saco plástico duplo, que não vai causar nenhum problema de trancar no caminhão. Se vai caber no contêiner, tudo bem, pondera. Andréa explica ainda, que em resíduos de risco biológico, também existem peças anatômicas. - O bom senso tem que imperar, afirma. A contradição ocorre quando Núbia Pinheiro, assessora técnica do Ernesto Dorneles, diz que anteriormente, o hospital seguia a orientação do DMLU, enterrando as peças amputadas no cemitério da Santa Casa, por meio de um convênio firmado. - Na época, achávamos correto, aliás, acho que o correto é ser enterrado, declara. Núbia conta que passou a encaminhar para o aterro, por meio de um fórum do próprio DMLU, inclusive tendo obtido sua autorização para essa destinação. Ao final do evento, foram entregues os prêmios para as instituições Destaque Especial. Os contemplados foram os Hospitais Cristo Redentor e l Conceição, ambos do mesmo grupo e tidos como deficientes na avaliação do DMLU. Os dois hospitais implantaram a separação e coleta Seletiva há um ano.- Oferecemos o prêmio para as instituições no sentido de incentivar àqueles que não tinham nada, quer dizer, tinham a comissão formada, mas não tinham o respaldo da direção. Sabemos que há muito que avançar nesses hospitais, eles têm áreas de emergência que atendem um público imenso, mas é relevante o prêmio no sentido de incentivo, analisa Andréia.