Centro da Fepagro investe em pesquisa de biodiesel
2006-08-29
O Centro de Reconversão Agrícola da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) da
região da Serra, localizado em Veranópolis, prepara-se para encarar um novo desafio proposto
pelo mercado: pesquisas na área do biodiesel. O diretor-geral do Centro, Miguel Bresolin,
revela que já foi realizada uma reunião técnica com representares de uma empresa interessada em
fabricar biodiesel na região e com produtores locais. "A expectativa é de que o processo leve
a uma integração com a nova empresa", diz Bresolin.
No primeiro semestre do ano, a empresa Óleos Vegetais Planalto (Oleopan) e o governo do Estado
assinaram protocolo de intenções para a implantação de uma unidade industrial de produção de
biodiesel à base de soja no município de Veranópolis.
A unidade espera produzir, a partir de janeiro de 2007, em torno de 40 milhões de litros de
biodiesel ao ano e 4,4 milhões de litors de glicerina anualmente. Serão aplicados pela Oleoplan
R$ 19,8 milhões na iniciativa no período 2006/2007 e gerados 30 empregos diretos e mais 150
indiretos.
Bresolin argumenta que a criação de uma infra-estrtura industrial voltada para a produção do
biodiesel propiciará as condições para a expansão do cultivo de oleaginosas na região. Ele
acrescenta que as caracter[isitca climáticas dos municípios localizados no entorno do Centro
são amplamente favoráveis para o cultivo de colza, girassol, mandioca e soja. No entanto,
Bresolin faz uma ressalva. Ele informa que existe uma limitação para esse tipo de cultura, já
que a região apresenta uma concentração de pequenas propriedades e possui um terreno mais
acidentado, com índice de aproveitamento de área menor do que outras regiões do Rio Grande
do Sul.
Mas as pesquisas desenvolcisas pelo Centro de Reconversão Agrícola da Fepagro podem servir para
atenuar esse problema. "Uma das novidades do Centro é o estudo desenvolvido na unidade de
plantas bioenergéticas que estão relacionadas com a produção do biodiesel, como é o caso do
girassol, da mamona, da mandioca e outras", diz Bresolin.
(Jornal do Comércio, 28/08/2006)
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