FÓRUM EXPÕE RESULTADOS DA COLETA SELETIVA NOS HOSPITAIS DA CAPITAL
2001-10-10
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), realizou na segunda-feira (08/10), o VII Fórum de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Hospitalares, no anfiteatro do Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre. O evento foi marcado pela apresentação dos números da Coleta Seletiva para esse tipo de Resíduo, e fez parte da comemoração dos 74 anos do hospital Moinhos de Vento. O DMLU expôs para um público formado pelos representantes dos 32 hospitais da capital e cerca de mil pequenos geradores, que participam do Programa de Coleta Especial de Resíduos Sólidos e de Serviços de Saúde da capital. O diretor-presidente do DMLU, Darci Campani, comemorou na abertura do Fórum, o caráter pioneiro de Porto Alegre, afirmando desconhecer qualquer outra cidade brasileira que possua uma relação de parceria entre município-gestor, nos moldes da capital. -Temos muitos exemplos a dar para o resto do país, disse Campani. Andréa Garcia, do setor de Resíduos Sólidos de Serviços da Saúde do DMLU, deu os números da vistoria realizada entre os dias 7 de maio a 14 de agosto desse ano, quando foram avaliados os 32 hospitais da cidade. Os critérios de avaliação foram desde a segregação na origem até seu destino final. Das 32 instituições, 52% têm o plano de gerenciamento documentado, que é o primeiro passo para o licenciamento ambiental da Secretaria de Meio Ambiente do Município(SMAM). Segundo dado da própria secretaria, 72% (23 dos 32)desses hospitais têm coleta seletiva, sendo que 29% dão como destino, a coleta seletiva dos bairros, aterros ou outros fins como reaproveitamento. Hoje são recolhidos, através de uma Coleta Especial de Resíduos Hospitalares e de Serviços de Saúde, 26 toneladas de resíduos hospitalares em Porto Alegre por dia. Além dos 32 hospitais, há ainda os pequenos geradores (consultórios odontólogicos, laboratórios, clínicas). Esses pequenos geradores somam mais de 1.000 estabelecimentos. Dos resíduos orgânicos, 75% vai para o projeto de suinocultura do DMLU. Andréa lembra que para suinocultura, é aproveitado somente resíduos das áreas de nutrição, como restos de pré-preparo e do refeitório. - Os restos de alimentação de pacientes, pela própria legislação, dado o risco biológico, não são aproveitados, afirma categoricamente. A chefe da Coleta Seletiva, Marta S.Bauermann, deu os resultados da avaliação qualitativa dos 23 hospitais que possuem coleta seletiva, mostrando que desses, 14 foram avaliados com material bem selecionado, oito, como seleção regular, um, como seleção ruim e zero, como seleção péssima. Quanto às condições de armazenamento, 16 foram avaliadas como local adequado, quatro, com presença de ratos, cinco, com mau cheiro, cinco, com dificuldade de manobras, dois com dificuldade de acesso aos garís.