A destruição, por Israel, da estação de energia de Jiyeh, no sul do Líbano, em meados de julho, não apenas causou poluição na zona costeira deste país, mas afetou a qualidade do ar e as rservas de água subterrânea, disse o ministro do Meio Ambiente, Yacoub Sarraf.
"Os tanques e armazenamento queimaram durante 12 dias em uma coluna, e a nuvem tóxica resultante terá cnseqüências catastróficas tanto para o ar quanto para a água", disse o ministro. "Toxinas foram depositadas no solo, nas frutas, nos vegetais e nas casas. Quando as chuvas se aproximam, essas toxinas vão para o subsolo, ameaçando contaminar as águas subterrâneas", acrescentou.
A estação energética Jiyeh, localizada a 30 quilômetros ao sul de Beirute, foi alvejada por aviões israelenses duas vezes, espalhando cerca de 15 mil toneladas de óleo no mar. "Após o primeiro ataque, em 13 de julho, bombeiros da estação estavam aptos a extinguir as chamas", disse o ministro. "Mas após o segundo ataque, em 15 de julho, eles não tinham mais espuma. O fogo ardeu por 12 dias", completou.
"Felizmente, pudemos salvar a estação e prevenir o vazamento de 5 mil toneladas de petróleo construindo barreiras", afirmou Sarraf. Ele disse que os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente analisaram amostras do solo retirado do local. Sarraf advertiu os consumidores a "lavarem frutas e veetais antes de consumi-los".
Israel também lançou ofensivas contra estações de petróleo durante os 34 dias em que combateu o Hezbollah, espalhando vários incêndios pelo Líbano.
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Petro21, 28/08/2006)