NOVO ZEPELIN TROCA HIDROGÊNIO POR HÉLIO E VOLTA A SER USADO COMO MEIO DE TRANSPORTE
2001-10-10
Depois da tragédia do Hindenburg, o mundo nunca mais quis saber de dirigíveis. Somente a marinha americana continuou a usá-los e, durante a II Guerra e depois dela, fez dos zepelins eficientes máquinas de guerra. Em princípio, serviam para monitorar os oceanos e proteger o litoral, mas chegou-se ao ponto de criar aeronaves como USS Macon, que escondia em seu interior quatro caças - um verdadeiro porta-aviões aéreo. Com o tempo, os dirigíveis ficaram menores e passaram a ser usados em tarefas ingratas, como monitorar fios de alta tensão e servir de veículo publicitário. Agora, os charutos voadores voltarão a viver seus momentos de glória. É o que Zeppelin e outras empresas estão querendo. Em 1997, a Alemanha lançou o Zeppelin NT (de nova tecnologia), um dirigível que concentra os mais avançados recursos emprestados da aviação. E evita os erros do passado: o gás usado desta vez é o hélio, nada inflamável como o hidrogênio. Em agosto deste ano, o novo zeppelin fez sua primeira viagem comercial desde 1937. Doze passageiros sobrevoaram o Lago Constance e inauguraram um passeio turístico pelos Alpes Suíços. (Terra/60, outubro)