Vale do São Francisco ganha área de proteção fitossanitária
2006-08-25
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, assina hoje, em Juazeiro (BA), instrução normativa que define a Área de Proteção Fitossanitária do Vale do São Francisco. A cerimônia ocorre durante a inauguração da Biofábrica Moscamed, empreendimento privado incentivado pelo governo federal, que vai produzir moscas estéreis com o objetivo de combater pragas na região. Em Pernambuco, a área de proteção vai abranger os municípios de Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Orocó. Na Bahia serão Juazeiro, Curuaçá, Casa Nova, Sento Sé, Abaré e Sobradinho.
A intenção do ministério é proteger o patrimônio frutícola da região contra a entrada de pragas quarentenárias sob controle oficial, assim como de pragas com restrições fitossanitárias nos países importadores. Segundo o ministério, a fruticultura do Vale do São Francisco atinge uma área de 35 mil hectares plantados, gerando um impacto sócio-econômico de US$ 180 milhões.
Para proteger uma área, o ministério determina um conjunto de ações de sanidade vegetal que é desenvolvido em conjunto com os órgãos de defesa estaduais – a exemplo da Agência de Defesa Agropecuária de Pernambuco (Adagro). Um dos fatos que foram levados em consideração para abranger esta área como de proteção é que os municípios envolvidos representam 90% das exportações brasileiras de manga e uva.
Banana
O Ministério da Agricultura publicou ontem, no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 44 reconhecendo Pernambuco como área livre da praga da Sigatoka Negra (Mycosphaerella fijiensis). Com isso, de acordo com o disposto no Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal, fica liberado o trânsito de bananeiras para qualquer Estado do Brasil. O secretário estadual de Produção Rural destacou o trabalho de sua secretaria em parceria com os órgãos vinculados, como a Empresa de Pesquisa Agropecuária (IPA) e a Agência de Defesa e Fiscalização (Adagro). “Realizamos cadastros de propriedades, análise de plantas, inspeções fitossanitárias de propriedades de produtores, de produção comercial de áreas urbanas e de rotas de risco”, disse.
(Jornal do Commercio - PE, 25/08/2006)
http://jc.uol.com.br/jornal/2006/08/25/not_198052.php