Planos de CO2 da UE para 2008-12 são “ambiciosos o suficiente”, afirma comissário de Energioa do bloco
2006-08-25
Segundo o Comissário de Energias da União Européia, os planos dos países membros do bloco para a segunda fase do esquema de comércio de emissões demonstra ambição suficiente, evitando o colapso do preço do carbono.
Quando questionado sobre um possível colapso do preço do carbono no período 2008-12, devido às preocupações do mercado sobre a condescendência dos planos submetidos até agora, ele disse: “O que vimos até agora é que eles (os planos para a segunda fase) têm sido ambiciosos o suficiente. Definitivamente, não devemos esperar um colapso dos preços do carbono.” Até agora Estônia, Alemanha, Irlanda, Látvia, Lituânia, Luxemburgo, Polônia e Inglaterra submeteram seus planos à Comissão Européia.
Particularmente, os países do leste europeu, como a Estônia, Polônia e Látvia, propuseram um grande aumento nas suas cotas em créditos de carbono, assim como Luxemburgo. O esquema de mercado de emissões europeu fornece uma cota de emissão (créditos de carbono) para indústrias pesadas, permitindo que elas emitam gases do efeito estufa (GEE) até um limite, se as emissões ficarem abaixo do limite, estas empresas podem vender créditos de carbono, se o limite for ultrapassado, elas terão que comprar tais créditos.
O esquema é o principal trunfo da estratégia climática da UE, e deve levar a reduções nas emissões de GEE ao fornecer às empresas poucos créditos. Desde o episódio de 2005, quando houve superávit de créditos no mercado europeu, a Comissão Européia reconheceu que houve uma super-alocação de créditos na primeira fase do esquema (2005-07), prometendo ser mais rígida na segunda fase.
Ao ser questionado sobre quando a Comissão Européia responderia formalmente aos planos para a segunda fase já submetidos, Piebalgs disse: “Creio que teremos a nossa conclusão o mais cedo possível, talvez no próximo mês. Até onde sei...não devemos esperar grandes atrasos.”
(Por Fernanda B Müller, CarbonoBrasil com informações da Reuters, 24/08/2006)
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