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2006-08-24
Os Estados Unidos estão propondo ao Brasil uma aliança estratégica para criar um mercado comum de álcool combustível nas Américas. Atualmente, os americanos, maiores produtores mundiais de álcool, e Brasil, segundo maior, movimentam por ano cerca de 40 bilhões de litros do combustível. A proposta é criar um mercado de 60 bilhões de litros para os próximos oito anos, incluindo todos os países das Américas, afirma Brian Dean, diretor-executivo da Flórida FTAA, uma organização não-governamental que tem o apoio do governador da Flórida, Jeb Bush.

Membros do FTAA estiveram no Brasil no início desta semana para uma estadia rápida, mas com agenda cheia. Além de conversar com o alto escalão do governo em Brasília, os executivos visitaram a fazenda do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, em Guariba (SP), um dos maiores produtores de cana-de-açúcar do país e reuniram-se também com Eduardo Pereira de Carvalho, presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica). "Queremos criar um mercado global de álcool para atender à crescente demanda mundial", afirma Dean.

Embora a produção de álcool nos EUA cresça de maneira significativa nos últimos anos - atualmente a produção é estimada em 20 bilhões de litros -, os EUA não têm condições sozinho de atender à forte demanda internacional. "O Brasil tem a melhor tecnologia do mundo", afirma Dean.

"Eles propuseram criar uma comissão para levantar o potencial mercado de álcool nas Américas e estudar a mistura de 10% do álcool na gasolina", afirma Linneu da Costa Lima, secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura.

Nos países da América do Sul e Central há um crescente movimento para a produção de álcool como combustível, afirma Júlio Maria Martins Borges, presidente da Job Economia e Planejamento. "Países como Guatemala, Venezuela, Colômbia já iniciaram programas neste sentido", lembra.

Neste ano, a Petrobras vai exportar cerca de 100 milhões de litros de álcool para a Venezuela, que está incentivando a produção de cana no país. "A integração americana e brasileira para estimular o álcool combustível é completamente viável", diz Martins Borges. Segundo ele, o princípio básico é estimular a produção do álcool para abastecer os próprios mercados.

Brian Dean, da FTAA, diz que o estímulo à produção de álcool pode ser uma fonte geradora de empregos, não somente nos países das Américas, como na África e países da Ásia. Dean esteve no início desta semana na Embrapa e Esalq para conhecer as pesquisas que estão sendo desenvolvidas na área sucroalcooleira.

Mário Fernandez, que trabalhou por anos da indústria sucroalcooleira e hoje é integrante da FTAA, acredita que o álcool servirá também para reduzir a dependência do petróleo. Ele observa que a produção do petróleo é concentrada na mão de poucos países.

O setor sucroalcooleiro do país tem atraído o interesse de grupos estrangeiros e de fundos de investimentos. O recém criado Infinity Bio-Energy, que tem um capital de US$ 500 milhões para alocar em ativos do segmento, também vê oportunidade em outros países latinoamericanos. O fundo controla no país duas usinas de açúcar e álcool e está investindo em uma terceira unidade. Outros fundos internacionais também anunciaram que estão apostando suas fichas em açúcar e álcool no Brasil.
(Por Chris Martinez e Mônica Scaramuzzo, Valor Econômico, 24/08/2006)

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