O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro quer que a concessionária de eletricidade Ampla substitua todo o sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica implantado em Ilha Grande. Para tanto, move Ação Civil Pública contra a Ampla, o Estado do Rio de Janeiro e a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente.
A alegação é a de que diversos danos ambientais foram causados pelo sistema aéreo de transmissão e distribuição de energia elétrica. O procurador da República no município de Angra dos Reis, André Dias, também pediu à Justiça Federal o pagamento de R$ 1 milhão de indenização ambiental.
A indenização é relativa aos danos ambientais como desequilíbrios ecológicos e destruição de ecossistemas, entre outros. O valor também é referente aos danos ambientais suportados pela coletividade durante o tempo de recuperação do ambiente e aos danos morais difusos.
Argumentos
De acordo com o processo, o licenciamento ambiental do empreendimento foi considerado nulo por descumprimento de diversas exigências legais. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) também foi dispensado pelo Estado do Rio de Janeiro.
Além da indevida dispensa de EIA, não houve estudos relativos às alternativas técnicas à supressão de vegetação de preservação permanente, bem como não foram ouvidos os técnicos do Ibama, segundo o MPF.
O empreendimento também não foi aprovado pela administração do Parque Estadual da Ilha Grande.
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Revista Consultor Jurídico, 21/08/2006)