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2006-08-24
No Rio Grande do Norte, estado da região Nordeste do Brasil mais afetado pelo avanço da carcinicultura, a criação, há dois anos, da Reserva pelo Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão é o resultado de um luta que levou mais de 15 anos. De acordo com José Souza, integrante do Conselho Pastoral dos Pescadores do Rio Grande do Norte (CPP-RN), as comunidades de Barreiras, Sertãozinho e Diogo Lopes, são exemplos de resistência dos pescadores e pescadoras contra o avanço da carcinicultura. O Seminário Manguezais e Vida Comunitária - Os impactos sócio-ambientais da carcinicultura começou nesta segunda-feira e termina hoje (24/8), em Fortaleza, Estado do Ceará.

Adital - Como está a situação da carcinicultura hoje no Estado do Rio Grande do Norte?

José Souza - O panorama geral do Estado é complicado. O próprio governo fomentou e incentiva a carcinicultura. Eles acham que economicamente é viável. Mas nós, enquanto Pastoral, temos outra leitura. A gente sabe que a carcinicultura é um tipo de peste. Podemos ver isso em vários lugares, onde o manguezal está presente. Estamos cheios de exemplos.

Adital - Como os pescadores conseguiram criar uma reserva para preservação do mangue?

Souza - A Reserva pelo Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão foi criada há dois anos. Mas a luta para chegarmos até aí foi grande, pois começou há mais de 15 anos. Começou quando um grupo de italianos queria tomar toda a parte da restinga da costa para um grande empreendimento - o que iria impedir o acesso dos pescadores. Anos depois, em 1999, um outro grupo resolveu fazer um viveiro de camarão dentro do próprio mangue. Foi assim que as comunidades se uniram e impediram que o tal grupo conseguisse fazer os viveiros.

Adital - Como era a situação antes e depois da criação da reserva?

Souza - Dentro da reserva existiam dois viveiros de camarão. Mas, embasados pela lei, nós conseguimos estabelecer que não haveria mais o surgimento de novos viveiros. Também garantimos que os que já tinham não poderiam ser ampliados. Hoje, todos os dois estão desativados. Mas vemos o impacto que a criação deles criou, pois parte do mangue foi destruída.

Adital - Quantos pescadores vivem na reserva e como eles estão organizados?

Souza - Uma média de 1.000 pescadores, pegando as três comunidades (Barreiras, Sertãozinho e Diogo Lopes). A situação deles hoje está bem melhor. Se não houvesse essa resistência, com certeza muitos não teriam mais onde ficar, de onde tirar o sustento. Demorou. Mas é um luta que vale muito à pena. E os pescadores do Rio Grande do Norte estão aqui para passar essa experiência. Claro que temos muitos problemas, pois fomos muito afetados. Mas existem caminhos.
(Por Rogéria Araujo, Adital, 22/08/2006)
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=24064

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