Inaugurada no interior paulista primeira empresa de gás natural liquefeito do país
2006-08-22
A primeira empresa de gás natural liquefeito (GNL) do Brasil (GásLocal) foi inaugurada ontem (21/8), em Paulínia (SP), por meio de um consórcio entre a Petrobras e a White Martins.
De acordo com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrilelli, o empreendimento é “estratégico para o Brasil porque vai possibilitar o acesso a um meio energético limpo e eficiente, permitindo maior flexibilidade na oferta de gás natural”.
Com um investimento total de US$ 50 milhões e 72% de nacionalização dos equipamentos, a GásLocal terá capacidade de liquefazer 380 mil metros cúbicos de gás natural por dia.
A partir da empresa, o gás natural em sua forma liquefeita chegará a regiões que não possuem gasodutos ou redes de distribuição, como o interior de São Paulo, norte do Paraná, sul de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.
“A GásLocal significa o desenvolvimento do país em tornar a economia do interior, as indústrias do interior, mais competitivas e acessíveis a um combustível ecologicamente correto e mais competitivo. O Brasil entra na era de ter o GNL, como existem em outros países do mundo”, destaca o diretor da área de gás natural da White Martins, Marcelo Rodrigues.
Segundo ele, a White Martins receberá o gás na forma gasosa da Petrobras e fará o seu processamento, tornando-o líquido. Com isso, há uma redução do volume do gás em 600 vezes, possibilitando que ele seja estocado, colocado em caminhões-tanque e levado até os clientes, em tanques de recebimento.
Os tanques, construídos pela GásLocal em locais estratégicos, serão responsáveis pela regaseificação do gás (a volta para o estado gasoso), quando ele então poderá ser distribuído para os consumidores e distribuidoras de gás. O gás será principalmente utilizado para o consumo industrial.
Segundo Rodrigues, há vantagens no uso do gás natural sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha.
“A diferença é que o GNL é um produto mais competitivo em termos de custo e ecologicamente mais correto que o GLP, o que facilita e dá um rendimento bom para as indústrias, com menor custo e um processo ambiental mais limpo.”
(Por Aécio Amado e Elaine Patricia Cruz, Agência Brasil, 21/08/2006)
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/08/21/materia.2006-08-21.8453178618