ÍNDIOS TERÃO QUE REGULARIZAR VIVEIROS DE PESCA
2001-10-10
Cerca de 20 empresas da Paraíba, do Rio Grande do Norte e de Pernambuco, estão explorando os viveiros de camarões dos índios Potiguaras, há mais de um ano. A afirmação é do procurador da República Antônio Edílio. Ele disse que já tem informações sobre quais são as empresas, mas o levantamento detalhado será feito pela Polícia Federal. O procurador revelou que as empresas que financiam os índios estão passíveis de responsabilização, tanto no âmbito civil como no âmbito criminal. Isso porque devastar área de preservação permanente é crime. Existem atualmente, cerca de 53 viveiros, mas apenas dois são autorizados pelo Ibama. A cada despesca que acontece no período de três meses, os índios têm um lucro de R$ 3 mil, por hectare. Algo em torno de R$ 150 mil circulando na área indígena, que ao ser dividido entre cerca de 200 famílias, significa um salário de R$ 750,00. Do total de viveiros instalados, 28 poderão ser regularizados, segundo o procurador. Para regularizar a situação, os viveiros terão que se adequar a mudanças, de acordo com as normas ambientais. O procurador disse que a questão dos viveiros de camarões dos Índios Potiguaras, tem uma gravidade excepcional. - O que está em conflito é a sustentabilidade dos próprios índios com o meio ambiente. É necessário que eles mantenham essa auto-sustentação sem agredir o ecossistema, afirmou. (Jornal Correio da Paraíba-9/10)