Os produtores rurais de Rio Pardo começam a receber as primeiras orientações para participarem
do projeto de ampliação da área com florestas. Na semana passada ocorreu um encontro com
proprietários de terra para o repasse de informações sobre a atividade. O trabalho foi
coordenado pelo técnico agrícola e bacharel em direito, Luis Carlos Polipo, da Aracruz Celulose,
que apresentou o plano de expansão da empresa em todo o mundo, especialmente no Brasil. A
iniciativa teve a parceria da Prefeitura, Secretaria de Agricultura, Agência de Desenvolvimento,
Centro de Desenvolvimento de Jovens Rurais (Cedejor) e sindicatos Rural e dos Trabalhadores
Rurais.
Polipo destacou aos produtores que o plantio de eucaliptos deve ser compreendido como forma de
diversificação na propriedade e também como uma poupança, que apresentará rendimentos positivos
a médio e longo prazos. Durante o bate-papo, ele destacou que a Aracruz oferece três diferentes
métodos de negociação com o produtor, que pode ser de parceria, arrendamento ou fomento
florestal. Neste último, a empresa entrega ao produtor o insumo, as mudas e a assistência
técnica necessária para a produção da floresta. “A Aracruz garante ainda a compra de toda a
madeira produzida. Nos casos de parceria, em que o produtor necessite de financiamento, a
empresa também se coloca como avalista e assume os riscos do negócio”, ressaltou.
A participação do pequeno agricultor no projeto de ampliação na área de plantio de florestas
também foi destacada pelo técnico da Aracruz. Segundo ele, até a definição pela implantação do
terminal rodo-hidroferroviário, a empresa se interessava por propriedades com no mínimo 50
hectares. “Agora, com a definição do projeto, este limite passou para 2,5 hectares. Ou seja, o
pequeno produtor também está inserido no projeto”, disse.
Diversificação
Polipo disse que a Aracruz tem a intenção de ampliar a área com florestas no Estado. A meta é
atingir 25 mil hectares entre os anos de 2007 e 2008. Disse ainda que os municípios que
implantam florestas acabam atraindo outros investimentos. “Esta é uma produção que é usada não
apenas para a indústria de celulose. Sempre que um município passa a investir em florestas,
empresas como serrarias e fábricas de móveis acabam se instalando nas proximidades em razão da
produção de matéria prima”, disse Luis Carlos Polipo.
(
Gazeta do Sul , 21/08/2006)