A Farsul aguarda uma posição do governo federal sobre o pedido de financiamento de custeio de soja transgênica com sementes multiplicadas nas propriedades na safra 2006/07. A reedição da autorização que permitiu o plantio de material não-certificado na safra anterior teria sido solicitada em julho. A Fetag enviou pleitos aos ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário com o mesmo objetivo. O prazo dado pela entidade para uma resposta termina hoje. A Fetag ameaça protestar na Expointer, que começa dia 26.

O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, defende a migração para a semente certificada, desde que haja volume suficiente no mercado. Segundo as sementeiras, o estoque cobriria 60% da área no RS, com possibilidade de aquisição em Santa Catarina e no Paraná. Mas, para Sperotto, a diferença de custo entre estados, de R$ 0,70 para R$ 2,00 o quilo, torna a operação inviável. "Por enquanto, o processo está sendo administrado, mas é porque a tomada de financiamento não começou." O vice-presidente da Apassul, Paulo Roberto Hadler, alerta que uma nova flexibilização das normas poderá determinar a saída de empresas da atividade. "Não é possível que a "bolsa branca" seja prioridade entre produtores organizados", criticou.
(Correio do Povo, 21/08/2006)
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