A Usina Hidrelétrica Binacional de Garabi, que será alimentada por três barragens no rio Uruguai, foi o principal tema do encontro entre o governador Germano Rigotto e o governador da província argentina de Corrientes, Arturo Alejandro Colombi, em Porto Alegre, na semana passada. Para a realização do projeto, foi montado o Grupo de Trabalho Interestadual, formado por representantes do Rio Grande do Sul e das províncias argentinas de Corrientes e Misiones.

"O projeto da construção é de interesse para o Estado e para as províncias argentinas, mas depende, basicamente, dos governos federais do Brasil e da Argentina. Para debater o processo de construção da usina, teremos uma reunião no dia 30 em São Borja. A idéia é lançar uma Carta de São Borja, com uma posição forte dos governadores defendendo a construção da usina", anunciou Rigotto. O encontro irá reunir representantes dos governos dos dois países, do RS e das duas províncias argentinas. A usina é planejada para ter potência de 1.800 megawatts (MW). O investimento é estimado em 2 bilhões de dólares, com a participação de recursos da iniciativa privada. A capacidade prevista para Garabi corresponde a cerca da metade do total de 3.400 MW de energia consumido no RS.

Deverão ser gerados 10 mil empregos diretos temporários, na fase de construção, 30 mil indiretos e mil permanentes. Durante o período de obras, a usina deverá trazer aos estados e municípios abrangidos 60 milhões de dólares anuais de receita em impostos. Com a entrada em operação - prevista para o ano de 2012 -, as receitas deverão chegar a 6 milhões de dólares/ano em royalties e 10 milhões/ano em impostos.
(Correio do Povo, 21/08/2006)
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