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2006-08-21
O delegado Wilson Luis Vieira, titular da Delegacia do Meio Ambiente (Dema), informou que irá investigar uma denúncia feita à ONG Guerreiros da Natureza/Colégio COC sobre as causas do incêndio que devastou parte da Serra de Caldas nos últimos sete dias. As informações teriam sido passadas à ONG por um morador próximo ao local. Essa pessoa disse que no dia 5 de agosto presenciou um funcionário do parque fazendo limpeza e ateando fogo em uma área de preservação. O documento com a denúncia foi entregue na última sexta (18/8) por representantes da entidade ao delegado.

Devido ao prazo de uma semana que separa a data do suposto trabalho feito pelo funcionário, o delegado acredita ser pouco provável que esta tenha sido a causa do começo do incêndio na Serra de Caldas, no dia 12. “Isso será a perícia quem vai dizer”, informou. “Mas a distância entre as datas parece ser grande”, conclui. Na próxima segunda-feira, o delegado, acompanhado de peritos, volta ao parque para continuar as investigações. Apurações preliminares indicam que o incêndio teve origem criminosa.

De qualquer maneira, Wilson acredita que o fato do funcionário ter manejado o fogo na área já é algo que deve ser averiguada. De acordo com a ONG, o denunciante contou ter visto o suposto funcionário fazendo serviços de capina e limpeza do parque próximo à sede e que se dispõe a cooperar para os esclarecimentos nas investigações.

O ambientalista Antônio Carlos Volpone, presidente da Guerreiros da Natureza, diz que, ao sobrevoar a serra, constatou que “de 75% a 81%” da mata foi devastado. Os números oficiais dos bombeiros e da Agência Ambiental são de que 55% do parque foi queimado durante o incêndio. Já Wilson diz que prefere se manifestar apenas após o fim da perícia, quando será possível estabelecer um número exato. “Se o fogo foi provocado, é crime ambiental gravíssimo.”

Wilson Luis explica que já foi instaurado inquérito para levantamento das causas do incêndio, na tentativa de provar se houve ação humana. “Ocorre agora que recebemos uma comunicação, através de cópia de documentos, de uma denúncia feita à ONG.” Serão apuradas a veracidade e a procedência da denúncia, e se existe relação do ato do funcionário com o incêndio que terminou em desastre. “Espero a conclusão da perícia técnica e ouviremos o mais breve este denunciante.”

Wilson explica que a ação escolhida pelo Corpo de Bombeiros estará presente nos autos e que o Ministério Público é que analisa se seria preciso tomar alguma providência junto à corporação. “Cabe também aos Bombeiros analisarem qual a melhor forma de agir após o acontecido”, explica.

Preservação
O assessor jurídico da ONG, Sérgio Evaristo, diz que, antes do acidente do fogo, o grupo fez diversos trabalhos de preservação, como limpeza da nascente e ativação da roda d´água. “A ONG sempre cuidou de preservar a serra.” Sérgio diz que a supervisão foi alertada sobre possíveis irregularidades, como aceiros que deveriam ser feitos. “Lutaremos para que isso não ocorra mais.”

A educadora ambiental Líbna Messac, integrante da Guerreiros da Natureza, aponta que deveria haver trabalho de divulgação ambiental e preventivo. “Se os freqüentadores do parque tivessem esta educação relacionada ao meio ambiente, não teria ocorrido tamanho desastre. Já que o fogo começou dentro do parque, qualquer orientação, por menor que fosse, evitaria isso”, disse.

De acordo com o ambientalista e gestor de projetos ambientais Darwin Júnior, é necessário um parecer técnico de um perito ambiental, ou mesmo de uma equipe de peritos, “para que não haja dúvidas”. “Se houve intenção ou não, é preciso ver os laudos técnicos antes.” Darwin reafirma a importância da ONG Guerreiros da Natureza. “É graças a essas ONG que temos dados reais sobre a situação atual do planeta”, conclui.
(Por Sílvio Sousa, Diário da Manhã-GO, 19/08/2006)
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