Pesquisa contesta queima de pastagens naturais no Estado
2006-08-21
Um anteprojeto de pesquisa apresentado para avaliação de mestrado no Instituto de Geociências da Ufrgs condena a queima de pastagens naturais no Estado. O professor Ubirajara José Castelo Branco, autor da tese, argumenta que a prática degrada o solo, causa erosão, polui o ar e a água. "A queima das pastagens naturais afeta os fatores climáticos e bióticos, somados aos antropogênicos, e irá provocar um impacto ambiental nas microbacias, nas matas, vertentes e nascentes."
Ele defende que os produtores rurais desenvolvam um trabalho consciente de preservação para manter a viabilidade socioeconômica de suas propriedades. Produtores dos Campos de Cima da Serra querem a revisão da lei estadual devido às condições de topografia, que impediria o acesso de roçadeiras nas propriedades. Ubirajara sugere como alternativa a colocação de gado nestas áreas e sua retirada ao final do mês de maio, antes da primeira geada, quando a superfície estará raspada, com o surgimento de uma nova vegetação na primavera.
(Correio do Povo, 20/08/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp