Usina BSBios está à espera de dinheiro do BNDES
2006-08-21
A primeira parcela dos R$ 28 milhões do BNDES para a construção da
BSBios deveria ter sido liberada no início de agosto. O governo pediu
mais 15 dias, mas o dinheiro ainda não veio. Agora, o banco promete
repassar o valor em 15 de agosto
Cinco de agosto, prazo para a liberação de parte dos R$ 28 milhões
destinados à construção da BSBios no município. O dinheiro não veio e
o BNDES prometeu que enviaria até a última terça-feira (15/08). Mas os
recursos ainda não foram repassados. Agora, o governo garante que o
dinheiro estará na conta da indústria até o final do mês.
Apesar de os recursos ainda não terem sido liberados, as obras nos 30
hectares da área doada pela prefeitura não param, pelo menos, até o
final do mês. Os mais de 20 operários trabalham no distrito industrial
desde junho, sem interrupção. De acordo com um dos sócios da BS, Erasmo
Batistella, o andamento da construção pode ser prejudicado se o
dinheiro não for repassado até o final do mês. Segundo ele, a empresa
já atendeu a todas as exigências, como o envio de documentos e
contratos. "Por enquanto está tranqüilo, mas a situação pode complicar
caso não mandem o dinheiro logo", alerta.
Se a verba for liberada até o final do mês, a previsão é de que metade
da estrutura da BSBios esteja concluída ainda neste ano. Em mais de 60
dias, 20% das obras já estão prontas. "As atividades estão andando de
acordo com o cronograma estabelecido inicialmente", explica Batistella.
Parcelas
O valor atrasado é da primeira das quatro parcelas que serão
repassadas pelo BNDES até a conclusão da obra. O dinheiro será
encaminhado conforme o andamento das obras. "A primeira é agora, e as
outras três até março de 2007, quando queremos estar com a usina em
funcionamento", afirma Erasmo Batistella.
300 mil litros por dia
Com a instalação da primeira unidade do estado, a BSBios terá
capacidade de fabricar 100 milhões de litros por ano de biodiesel nos
primeiros três meses de funcionamento. Após o período inicial, a
usina passa a produzir 300 mil litros ao dia. O combustível abastecerá
os mercados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Na
primeira etapa, a empresa pretende gerar 110 postos de trabalho direto.
O empresário Antônio Roso lembra que a empresa também gerará empregos
indiretos, através da agregação de valor ao produto do agricultor.
(O Nacional, 19/08/2006)
http://www.onacional.com.br/noticias.asp?ID=612&idcat=6