Sete estados Norte Americanos estabelecem limites de emissão de GEE
2006-08-18
Nova York, Nova Jérsey e mais cinco estados do nordeste Norte Americano estabeleceram uma meta para reduzir as emissões de dióxido de carbono em 10% num período de 10 anos, ajudando a reduzir o aquecimento global. Em dezembro do ano passado, os sete estados concordaram em criar um programa obrigatório para reduzir as emissões, e as metas de redução foram estabelecidas em um release publicado ontem (16/08). Os proprietários de usinas de energia que operam com carvão, petróleo e gás natural iniciariam a reduzir o seu output de carbono em 2009. O programa seria a primeira regulamentação imposta nos Estados Unidos pelo governo em relação aos gases do efeito estufa (GEE).
”Eles estão esperando que outros estados adotem (o programa), e que ele se torne um modelo nacional,”disse o gerente de mercado de GEE da empresa Evolution Markets, Jason Patrick. A negociação de créditos de carbono pode começar logo que os estados adotarem o plano, disse ele. O governador de Nova York, George Pataki, iniciou o plano regional no ano passado para incitar ação federal sobre as mudanças climáticas. Em 2001, a administração Bush rejeitou o Protocolo de Kyoto, um tratado internacional para reduzir as emissões de GEE, alegando que era muito caro e que não limitava as emissões das nações em desenvolvimento.
O setor legislativo, ou as agências regulatórias dos estados ainda precisam adotar as regras que estabelecem a meta de redução de 10%. Os outros estados integrantes do programa, chamado "Regional Greenhouse Gas Initiative" (RGGI), são: Connecticut, Delaware, Maine, New Hampshire e Vermont. Os estados teriam que assegurar que as usinas limitariam as suas emissões em um total de 121 milhões de toneladas por ano, iniciando em 2009, reduzindo a partir de então o número de permissões disponível para cada usina de energia maior que 25 megawatts, iniciando em 2015.
Os proprietários de usinas, como as empresas Duke Energy Corp. e Exelon Corp., as maiores dos EUA, pediram regras federais sobre as emissões de carbono para auxiliar a guiar o desenvolvimento das usinas de energia. As usinas de energia são responsáveis por 39% do total de emissões dos EUA, segundo o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (Natural Resources Defense Council).
As empresas investiram pesado na energia nuclear e em energias renováveis, como eólica e solar para poder se beneficiar em relação aos limites de carbono, enquanto as usinas de combustíveis fósseis teriam que comprar permissões para poder funcionar. A Exelon é a maior proprietária de usinas nuclear dos EUA. A Europa já está negociando as emissões de GEE dentro do Protocolo de Kyoto. Nos EUA, as empresas já negociam permissões para a emissão de dióxido sulfúrico e óxido nitroso, poluentes que contribuem para a chuva ácida, por isso são regulados a nível federal pelo Clean Air Pact.
(Carbono Brasil, com informações de Bloomberg, 17/08/2006)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=14544&iTipo=5&idioma=1