O serviço de guarda costeira filipino pediu ajuda à comunidade internacional para resgatar um petroleiro que naufragou no fim de semana nas ilhas Visayas, no centro do arquipélago, e provocou uma maré negra. "Não temos capacidade para recuperar navios a esta profundidade (915 metros). Por isso pedimos ajuda internacional", disse o porta-voz do serviço, Joseph Coyme.

O MT Solar I naufragou no sábado no estreito de Guimarães, cerca de 530 quilômetros ao sul de Manila, depois de atingido por grandes ondas provocadas pelo mau tempo. A guarda costeira informou que pode demorar dois anos para limpar o vazamento de petróleo. O navio transportava uma carga de dois milhões de litros de combustível industrial quando ocorreu o acidente.

O comandante Harold Jarder, oficial que supervisiona a contenção da maré negra, disse que o vazamento de petróleo cobre uma extensão de 27 quilômetros, com 50 metros de largura. O governador de Guimarães, Joaquín Carlos Nava, declarou que o Governo local ainda tem que avaliar a envergadura dos danos causados à vida marítima pelo vazamento de petróleo, considerado pela guarda costeira o pior da história do país.

Nava avalia que a camada de petróleo afetou 300 quilômetros do litoral, causando danos a mangues, plantações de algas e recifes de coral. Três navios atuam na região afetada. A poluição ameaça se estender rumo ao norte e sul do mar de Visayas.
(EFE, 16/08/2006)
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