(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-08-15
A logística reversa — área da logística que planeja, opera e controla o fluxo de retorno dos produtos depois de consumidos — tem ganhado cada vez mais espaço em algumas empresas. O processo se justifica por várias questões, principalmente no que se refere à consolidação das marcas, à gestão de meio ambiente — com o reaproveitamento e reciclagem de embalagens dos produtos — e até a intenção de minar a criação de mercados paralelos de vendas de algumas mercadorias específicas. Apesar de antigo, as empresas vêm descobrindo suas vantagens há cerca de cinco anos com o aumento da produção e a necessidade de adotar novas técnicas para conseguir competitividade.

“Outro objetivo comum da adoção do sistema é o econômico, através do qual a empresa busca algum tipo de ganho com o reaproveitamento de materiais ou componentes de seus produtos”, defende o professor especializado em logística reversa do Mackenzie, Paulo Roberto Leite.

O programa está ligado à sua política de gestão ambiental e liga a marca à preocupação com a qualidade de vida e a educação ambiental. “Este é um primeiro passo para a logística reversa, que será estruturada à medida que o projeto for construído. A proposta é realizar parcerias com os fornecedores para desenvolver o sistema, e conseguir, de fato, que os resíduos reciclados tornem-se insumo no desenvolvimento de novas embalagens”, explica o gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) da empresa, Marcos Batptistucci.

O projeto começou em agosto de 2005, voltado para os funcionários da empresa. Como houve boa aceitação, em abril deste ano um projeto-piloto foi implantado nas 19 lojas de Curitiba (PR).

Os resíduos coletados são levados para uma central de triagem, onde são separados e depois encaminhados para recicladores. Toda a receita gerada na venda do material é contabilizada no investimento com a reciclagem. Batptistucci não acredita que a empresa venha a ter lucro futuro com a ação, que recebeu investimentos da ordem de R$ 400 mil.

Igualmente focado na questão ambiental e buscando a melhor forma de atender às exigências da legislação, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) faz uso da logística reversa para atender às exigências e normas ambientais a respeito dos insumos da indústria agrícola. Em cinco anos, foram retiradas 43 mil toneladas de embalagens. Em 2005, as 17 mil toneladas recolhidas corresponderam a 62% do volume comercializado em um ano.

O processo também funciona para efeitos de competitividade: produtos que não tiveram venda em determinadas regiões são reenviados para outras partes do País. Certas companhias também contratam empresas especializadas para coleta e armazenagem, a fim de fidelizar o cliente e consolidar sua marca. O volume de retorno é muito menor do que o de ida. Por isso mesmo, os gastos dispensados na volta são maiores.

“É preciso que as empresas equacionem bem este sistema, mas ainda sim elas reduzem custos importantes”, diz. Nessa linha, O Boticário criou o projeto “Reciclagem Pós-Consumo - Apoio ao Desenvolvimento Sustentável”, que recolhe as embalagens vazias de seus produtos.

Durante o processo, o caminhão que leva os agrotóxicos com as embalagens cheias para os distribuidores e cooperativas do setor — e que retornaria vazio — traz as embalagens vazias de volta, já separadas e prensadas, que são armazenadas nas unidades de recebimento. São mais de 40 empresas associadas — cerca de 99% das fabricantes de defensivos agrícolas.

Dentre elas, a Basf S.A, uma de suas principais mantenedoras, contribui com R$ 3,5 milhões anuais. “O Inpev tem custos de R$ 40 milhões por ano”, diz o gerente de segurança da Basf e presidente do Conselho Diretor do Inpev, Roberto Araújo. O investimento de cada empresa é calculado pelo volume de insumos produzidos.

Na Embraco, fabricante de compressores para refrigeração, o sistema de logística reversa é utilizado desde 2000 com o programa chamado Top Verde. A cada 10 compressores usados devolvidos às fábricas pelos representantes e assistências técnicas, a empresa fornece um novo.

“Adotamos essa estratégia para evitar que esses compressores sejam reabilitados e revendidos, já que o consumidor final pode sair prejudicado”, avalia o gestor corporativo de planejamento de vendas e operações da Embraco, André Perez.

A legislação severa — que faz controle rigoroso sobre o uso de metais pesados —, a identificação da empresa com o ISO14000, além dos riscos de processos de consumidores que se sentem prejudicados com a revenda de produtos sem garantias foram motivos que levaram a Embraco a criar o programa. Em 2005, foram recolhidos 270 mil compressores, e para este ano a meta é de que este número atinja a casa dos 290 mil. “Há um ganho indireto da empresa. Mas este é um fato menor. A venda de compressores usados é uma realidade, mas não compromete o market share”, diz.
(Por Juliana Schincariol, DCI - Diário Comércio e Indústria, 14/08/2006)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -