O presidente do Parlamento do Irã, Gholamali Haddad Adel, reiterou no domingo (13/08) que o país "nunca aceitará suspender suas atividades nucleares", apesar das pressões internacionais – principalmente do governo americano. "É preciso determinar nos órgãos internacionais o equilíbrio entre as obrigações e os direitos" do Irã”, disse Adel no Parlamento. "Se nossa presença no Tratado de Não-Proliferação (TNP) significa que teremos de renunciar ao nosso direito, então esta presença e nossa colaboração são injustificáveis", acrescentou Adel.
O líder parlamentar também considerou "ilógica" a resolução aprovada no dia 31 de julho pelo Conselho de Segurança da ONU que exige a suspensão imediata seus programas nucleares antes de 31 de agosto. De acordo com a resolução, se não cumprir o determinado, o Irã enfrentará sérias sanções ecnômicas.
O governo iraniano argumenta que seu programa nuclear tem fins pacíficos e é desenvolvido apenas como alternativa às fontes de energia do país. A comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, porém, não aceita a justificativa e diz que o Irã viola os acordos já estabelecidos sobre o assunto.
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Veja, 16/08/2006)