Seca deixa pelo menos 10 milhões sem água na China
seca e estiagem
2006-08-15
A pior seca dos últimos 50 anos já deixa mais de 10 milhões de pessoas sem acesso a água potável na província de Sichuan, no centro da China. Uma onda de calor já matou uma pessoa em Xangai, informa o jornal South China Morning Post.
A seca, que durou mais de um mês, provocou a queda do nível do rio Yang Tse na altura da localidade de Chongqing, uma das áreas mais povoadas desta bacia. A profundidade do rio, que se encontra a apenas 3,5 metros, é a mais baixa desde que o nível do Yang Tse começou a ser registrado.
A média do volume de água que entrou no pântano das Três Gargantas, na bacia do rio, foi de apenas 8.400 metros cúbicos por segundo, o mesmo que em fevereiro - que é, habitualmente, o mês mais seco, segundo o Escritório Hidrológico do Yang Tse.
Em Sichuan, a falta de chuvas e as altas temperaturas deixaram cerca de 10 milhões de pessoas sem acesso fácil à água potável, enquanto cerca de outros 2,63 milhões não recebem nenhum tipo de recurso hídrico apto para consumo. A agência oficial Xinhua informou que cerca de 17 milhões de pessoas foram afetadas de alguma forma pela seca em Sichuan e Chongqing.
Mais de 1,34 milhão de hectares de plantações também sofrem com a falta de água na região, o que custou aos agricultores cerca de US$ 1,152 bilhão em prejuízos. A seca vem acompanhada por uma onda de calor. Um trabalhador dos estaleiros de Xangai morreu no domingo (13/08), em conseqüência das altas temperaturas registradas no local, que chegaram a 38,6 ºC.
Para piorar a situação, o alto grau de umidade em grande parte da China faz com que a sensação térmica seja mais alta, e o calor, muito mais asfixiante. No sábado (12), os termômetros dispararam até os 42 graus em Chongqing, no dia mais quente desde 1959, e atingiram os 43 em Jiangjin, dentro da mesma região.
(Efe, 14/08/2006)
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