Os governadores do Kansas e do Missouri congratularam-se com centenas de representantes do setor do etanol pelos
ganhos obtidos com o combustível à base de milho nos últimos anos. Contudo, o governador de Missouri, Matt Blunt, e a do
Kansas, Kathleen Sebelius, falando na convenção anual da American Coalition for Ethanol, disseram que o setor está ainda
engatinhando e precisa continuar lutando para encontrar novos mercados e fazer com que o etanol tenha uma contribuição
maior na oferta de combustível do país.
"Este é o momento para a nossa nação dar importantes passos para distanciar-se da perigosa dependência do Oriente Médio
e voltar-se com confiança para o Centro-Oeste", disse Blunt, que recentemente sancionou uma lei que exige que, até 2008,
praticamente toda a gasolina vendida no Missouri contenha 10% de etanol.
Sebelius, porta-voz da Coalizão dos Governadores para o Etanol, disse que seu grupo está pressionando para que o etanol
constitua 25% do combustível até 2025. Agora, é de cerca de 3%. "Este é um objetivo considerável, mas que nós podemos e
devemos conseguir a fim de garantir o futuro de nossa nação para nós mesmos e o futuro do nosso mundo para os nossos
filhos", afirmou.
O crescimento do etanol teve uma verdadeira explosão. Mais de 100 fábricas nos Estados Unidos produzem 18,24 bilhões de
litros/ano, e dezenas mais se encontram em algum estágio de desenvolvimento.
O ex-senador por Dakota do Sul, Tom Daschle, um dos que trabalharam para que a primeira legislação federal exigisse o uso
de combustíveis alternativos, há mais de uma década, disse à convenção que todo esforço para ampliar o setor "não deve
permitir que o etanol se torne a próxima Exxon". Daschle afirmou que o setor precisa financiar uma pesquisa constante para
aumentar o desempenho do etanol nos veículos e tornar menos poluente sua produção.
"Buscamos avanços tecnológicos que tornem o etanol mais econômico e menos prejudicial para o meio ambiente", disse.
(
Dow Jones Newswires/Gazeta Mercantil, 14/08/2006)