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2006-08-14
Os rios Taquari, Caí e Jacuí, na região hidrográfica do Guaíba, são os locais que concentram maior parte dos mexilhões dourados mapeados até agora pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), com as fundações Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e Zoobotânica. Dos 35 pontos de amostragem, a presença do molusco foi constatada em dez. A partir deste mês, a Fepam dará continuidade ao mapeamento na Bacia do Uruguai e, na próxima etapa, na Bacia Litorânea.

A segunda fase do mapeamento na Bacia do Uruguai começará este mês com a reunião do Fórum de Espécies Exóticas, quando instituições e entidades discutirão o controle da espécie em outros estados brasileiros e em países como Argentina, Uruguai e Paraguai. "O mexilhão dourado fixa-se em qualquer superfície, em sistemas de captação de água, lançamento de esgoto e hidrelétricas, entupindo as tubulações", alertou o titular da Sema, Cláudio Dilda. Segundo ele, até então não era conhecido o predador natural do mexilhão, mas, por meio de pesquisa, descobriu-se que a piava (peixe nativo do RS) consome as larvas do molusco. Só um estudo mais aprofundado mostrará se o peixe ajudará na redução do mexilhão.

O assessor técnico da Sema Túlio Amorim Carvalho disse que, diferentemente dos moluscos que ficam no lodo dos mananciais, o mexilhão fica no nível intermediário, onde há grande quantidade de matéria orgânica, que serve de alimento.
(Correio do Povo, 12/08/2006)
http://www.correiodopovo.com.br/edicaododia.asp

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