Combate ao tráfico de animais é intensificado na Paraíba
2006-08-10
A Divisão de Fiscalização da Superintendência do Ibama na Paraíba apreendeu durante o mês de julho mais de mil aves silvestres, que seriam comercializadas em todo o estado. Somente no último domingo, foram apreendidas 62 aves no Mercado de Oitizeiro e em Bayeux, na cidade de João Pessoa. Entre as aves, estavam dois beija-flores, que constam da lista de aves em extinção. Uma pessoa foi presa e deverá responder por crime ambiental. Todas as aves apreendidas passarão por um período de observação e serão soltas em suas áreas de vivência. Quem comprar ou vender aves silvestres poderá responder por crime ambiental, com multa de R$ 500 e detenção de seis meses a um ano. Esse valor pode chegar a R$ 5.500, caso a espécie esteja ameaçada de extinção.
O Ibama/PB está realizando uma grande operação no sertão paraibano com o objetivo de proteger o período de postura das avoantes da espécie Zenaida auriculata, mais conhecidas como arribãs, com ênfase nos locais de maior ocorrência, os municípios de Sousa, Patos, Catolé do Rocha e Brejo do Cruz, onde está localizada a maior área de postura dessas aves, que vem sendo monitorada pelo Ibama.
De acordo com o analista ambiental, Jaime Pereira da Costa, durante a Operação Arribaçã, realizada na semana passada nos municípios de Catolé do Rocha e Brejo do Cruz, duas pessoas foram presas por caça e encontradas mais de 500 arribaçãs abatidas. "As aves já estavam mortas, mas conseguimos prender duas pessoas e apreendemos 10 armas de caça, além de gaiolas e armadilhas. Os dois presos responderão por crime ambiental, pagarão multa e poderão pegar de seis meses a um ano de prisão".
O trabalho de fiscalização também depende da ajuda da população, por isso o Ibama criou uma ouvidoria para que as pessoas possam denunciar os casos de tráfico e venda de animais silvestres e outros crimes ambientais. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800 61 8080. “Recebemos várias denúncias todos os dias", disse Jaime. As aves apreendidas ficarão de quarentena no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), localizado na Flona Restinga Cabedelo, até serem soltas em suas regiões de origem.
(Por Gutemberg Pádua, Ibama, 09/08/2006)
http://www.ibama.gov.br/novo_ibama/paginas/materia.php?id_arq=4202