A Cooperativa Central de Geração de Energia Rio da Várzea (Coogerva), que reúne cinco cooperativas gaúchas de distribuição e geração de energia elétrica, solicitou ao governo do Estado a agilização das licenças ambientais concedidas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Representantes das cooperativas e o presidente da Associação dos Municípios da Zona de Produção (Amzop), Leonir Cardozo, estiveram na terça-feira (08/08) no Palácio Piratini para tratar do assunto com o governador Germano Rigotto.

A Cooperativa defende um interesse particular, a possibilidade de efetivar duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no Rio da Várzea, uma de 17MW e outra de 25MW. A energia gerada pelos dois empreendimentos poderia atender cerca de 70 mil consumidores. "O processo está sendo analisado há cerca de três anos e meio pela Fepam e, até agora, não conseguimos nem a licença prévia. Eles justificam o longo prazo alegando que há muitos processos sendo avaliados", relata o presidente da Coogerva, Elmar Battisti.

As duas PCHs serão implementadas entre os municípios de Rodeio Bonito, Liberato Salzano e Novo Tiradentes. O investimento estimado para a construção das duas usinas é de cerca de R$ 120 milhões. As obras levarão quatro anos para serem concluídas e deverão gerar em torno de 220 postos de trabalho. "Até para tentar o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é necessário a licença", argumenta o presidente da Coogerva.

Conforme Battisti, Rigotto fez na terça-feira mesmo contato com o diretor-presidente da Fepam, Antenor Ferrari, e pediu prioridade ao processo de licenciamento ambiental da Coogerva. A cooperativa é formada por Creluz, Certel, Coprel, Creral e Cooperluz. As organizações que atuam principalmente no fornecimento de energia para a área rural atendem cerca de 200 municípios gaúchos.
(Jornal do Comércio, 09/08/2006)
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