O segundo agrotóxico genérico destinado ao uso direto na agricultura, homologado na última sexta-feira pelo Ministério da Agricultura (Mapa), é o herbicida Paradox, que tem o paraquat como ingrediente ativo. No Brasil, ele será comercializado pela taiwanesa Sinon. Até então, a suíça Syngenta era a única ofertante do mesmo ingrediente ativo — presente no herbicida Gramoxone — no mercado brasileiro.
“No mundo inteiro, os defensivos feitos com o paraquat são genéricos. Só aqui havia o monopólio”, diz o diretor executivo da Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos (Aenda), Túlio Teixeira. Em junho deste ano, o ministério liberou o registro do fungicida genérico Rodazim SC 500, da Rotam, obtido a partir de carbendazim.
O objetivo do registro de defensivos agrícolas genéricos é reduzir os custos. No caso dos produtos a base de carbendazim, de acordo Teixeira, os preços que já vinham declinando poderão cair até 10%, após a entrada do genérico Rodazim. A expectativa da Aenda é de que a queda dos preços destes produtos seja da ordem de 40% quando os genéricos se tornarem mais comuns no mercado. “O Mapa se deu conta dos benefícios desses registros, por isso a velocidade das homologações deve ficar ainda maior. Esperamos que de 10 a 15 a genéricos sejam registrados ainda este ano”, afirma o diretor da Aenda.
Concorrência
O avanço dos agrotóxicos genéricos não chega a assustar a alemã Basf, uma das maiores fabricantes de defensivos do País. “A concorrência é saudável, desde que sejam seguidos os mesmos trâmites legais para a obtenção de seus registros e os mesmos apresentem boa qualidade”, afirmou a assessoria em nota. A empresa diz que a agricultura precisa de “práticas modernas” e que seguirá investindo em tecnologia.
(Por Danilo Gregório,
DCI - Diário Comércio, Indústria & Serviços link, 08/08/2006)