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2006-08-09
O litoral do Líbano pode levar mais de 10 anos para se recuperar de um derramamento de combustível provocado por um bombardeio israelense na estação de energia de Jiyyeh, na metade de julho. O ministro do Meio Ambiente do Líbano, Yacoub Sarraf, afirmou que é impossível solucionar o problema enquanto persistir o conflito entre Israel e o Hezbollah.

Segundo especialistas, o derramamento de óleo pode trazer risco de câncer para os habitantes das áreas afetadas. A mancha de óleo provocada pelo bombardeio já atinge 120 quilômetros no litoral da região. O ministro libanês também disse que a demora na solução do problema já afetou gravemente a costa libanesa.

Pescadores afetados
"O estrago está feito. Não é preciso dizer que toda a comunidade de pescadores será atingida por pelo menos dois ou três anos até que o ecossistema se restabeleça", afirmou Sarraf. "O setor de turismo também foi afetado por uma ou duas temporadas, e eu estou sendo bastante otimista", disse. "Mas o pior é que, se não houver uma intervenção o mais rápido possível, a mancha que ainda está flutuando no litoral do Líbano poderá voltar e atingir a costa novamente", afirmou o ministro.

Segundo Sarraf, até que haja um cessar fogo, será impossível iniciar qualquer trabalho de limpeza. "Se compararmos esse derramamento com qualquer outro na história, uma intervenção pode ajudar dentro das primeiras 48 a 72 horas. Nós já estamos 20 dias atrasados", afirmou.

Risco de câncer
Especialistas do Inforac, uma organização com ligações com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep, na sigla em inglês), emitiram um alerta nesta terça-feira para o risco de câncer entre os habitantes da área atingida. A porta-voz da organização, Simonetta Lombardo, definiu o derramamento de combustível como "um coquetel tóxico de alto risco composto por substâncias que causam câncer e danos ao sistema endócrino".

Especialistas alertaram que as primeiras pessoas em risco são os 2 milhões de habitantes de Beirute. Eles também afirmaram que grandes quantidades de peixes ao longo da costa libanesa já tinham morrido em de corrência da poluição causada pelo combustível.

Amostras de combustível
Uma porta-voz do Plano de Ação para o Mediterrâneo da Unep disse que é muito cedo para avaliar o impacto da poluição no meio ambiente da região. "É prematuro chegar a qualquer conclusão sobre o tipo de combustível e os potenciais impactos à saúde antes que as amostras sejam analisadas", disse Luisa Colasimone. Segundo ela, uma equipe de especialistas da ONU chegou à Síria nesta terça-feira e uma de suas tarefas será coletar amostras do combustível derramado.

De acordo uma porta-voz do Greenpeace em Beirute, Basma Badran, nenhuma operação de limpeza será iniciada até que a segurança dos trabalhadores possa ser garantida. "Diversos países estão de prontidão para enviar assistência técnica e profissional caso a segurança de seus equipamentos e pessoal seja assegurada", disse. A porta-voz do Greenpeace observou que a ajuda internacional será essencial, porque as autoridades libanesas não têm como lidar com um derramamento dessas proporções.

O ministro do Meio Ambiente do Líbano afirmou que as últimas imagens de satélite mostram que a mancha de óleo continuava a se espalhar pelo Mar Mediterrâneo, ameaçando o litoral da Turquia e de Chipre. No entanto, um porta-voz do primeiro-ministro da Turquia disse que o risco para o litoral turco é "muito limitado", mas aviões estão monitorando a área e embarcações navais estão prontas para formar barreiras flutuantes, se for necessário.
(Por Mark Kinver, BBC, 08/08/2006)
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/08/060808_derramamentolibanoale.shtml

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